VIOLÊNCIA, MORTE E PRIMITIVISMO: CONCEITOS E INTERPRETAÇÕES DA ARQUEOLOGIA NO SÉCULO XIX
DOI:
https://doi.org/10.18224/hab.v19i2.9117Palavras-chave:
Violência, Morte, Primitivismo, Teoria Arqueológica, História da ArqueologiaResumo
Este artigo procura trabalhar três ideias distintas da Arqueologia no século XIX que se cruzam entre si: a violência, a morte e o primitivismo. Se os conceitos em Arqueologia se transformam e moldam-se de acordo com fatores externos à disciplina, é através de uma análise a estas ideias num período basilar de formação da Arqueologia como Ciência que é possível construir uma narrativa mais concreta sobre estes conceitos. Através de um caso de estudo concreto, pretende-se explorar este fenómeno, visando alargar estas abordagens para outros conceitos e ideias, reforçando a perspetiva da importância de debater o modo de como os arqueólogos pensam e trabalham, no tempo, contexto e sociedade em que se inserem.Downloads
Referências
BARNES, Barry; DOLBY, Alex. The Scientific Ethos: a deviant viewpoint. European Journal of Sociology, v. 11, n. 1, p. 3-25, 1970.
BETTI, Arianna; VAN DEN BERG, Hein. Modelling the History of Ideas. British Journal for the History of Philosophy, v .22, n. 4, p. 812-835, 2014.
CARDOSO, João. Como nasceu a Arqueologia em Portugal. O Estudo da História, v. 4, p . 9-30, 2000.
CARDOSO, João. Vida e Obras de Estácio da Veiga. Xelb, v. 7, p. 15-72, 2007.
CARDOSO, João. A investigação da antiguidade do Homem no Portugal de oitocentos: um contributo para a História da Ciência. Estudos Arqueológicos de Oeiras, v. 22, p. 9-42, 2015.
COSTA, Francisco. Da Existencia do Homem em Epochas Remotas no Valle do Tejo. Primeiro Opusculo: Noticia sobre os esqueletos humanos descobertos no Cabeço da Arruda. Lisboa: Imprensa Nacional, 1865.
CUNHA, Eugénia. Antropologia Física e Paleoantropologia em Portugal: um balanço. Arqueologia & História, v. 54, p. 261-272, 2002.
CUNHA-RIBEIRO, João. O Paleolítico Inferior em Portugal no final do século XX: balanço das investigações e novos desafios. Arqueologia & História, v. 54, p. 13-24, 2002.
DELGADO, Joaquim. Da Existencia do Homem no nosso Solo em Tempos Mui Remotos Provada pelo Estudo das Cavernas. Primeiro Opusculo: Noticia Ácerca das Grutas da Cesareda. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Sciencias, 1867.
DINIZ, Mariana; GONÇALVES, Vitor. Na 2ª metade do século XIX: luzes e sombras sobre a institucionalização da Arqueologia em Portugal. O Arqueólogo Português, v. 11-12, p. 175-187, 1993-1994.
FABIÃO, Carlos. Archaeology and nationalism: the Portuguese case. In: DÍAZ-ANDREAU, Margarita; CHAMPION, Timothy. Nationalism and archaeology in Europe. UCL: Ed.UCL Press, 1996. p. 90-107.
FABIÃO, Carlos. Um século de Arqueologia em Portugal I. Al-madan, v. 8, p. 104-127, 1999.
FABIÃO, Carlos. Os Altares dos “Primeiros Povoadores da Lusitânia”; Visões do Megalitismo Ocidental. In: SOUSA, Ana; CARVALHO, António; VIEGAS, Catarina . Terra e Água. Escolher sementes, invocar a Deusa. Estudos em Homenagem a Victor S.Gonçalves. Universidade de Lisboa: Ed, Estudos e Memórias, 2016. p. 45-68.
FIGUEIREDO, Olívia. As Práticas Funerárias Nos Concheiros Mesolíticos De Muge. Tese (Mestrado em Arqueologia) – Universidade do Algarve, Faro, 2014. 181p.
HARDING, Sandra. Rethinking Standpoint Epistemology: What is “Strong Objectiviy?”. The Centennial Review, v. 36, n. 3, p. 437-470, 1992.
JORGE, Vitor. Megalitismo Europeu e Português: breves considerações históricas em jeito de balanço. Arqueologia & História, v. 54, p. 79-86, 2002.
KEATS-ROHAN, Katharine. Biography, identity and names: understanding the pursuit of the individual in prosopography. In: KEATS-ROHAN, Katharine. Prosopography Approaches and Applications. A Handbook. Oxford: Ed. Prosopographica et Genealogica, 2007. p. 139-187.
MATOS, Sérgio. História, Positivismo e Função dos Grandes Homens no Último Quartel do Séc.XIX. Penélope, v. 8, p. 51-71, 1992.
QUEIROZ, Francisco; RUGG, Julie. The development of cemeteries in Portugal c.1755-c.1870. Mortality, v. 8, n. 2, p. 113-128, 2003.
RAMOS, Rui; SOUSA, Bernardo; MONTEIRO, Nuno. História de Portugal. Lisboa: A Esfera dos Livros, 2009.
RAPOSO, Luis. Um século de estudos no Paleolítico Médio em Portugal: balanço e perspectivas. Arqueologia & História, v. 54, p. 25-40, 2002.
RIBEIRO, Carlos. Estudos Prehistoricos em Portugal. Noticia de Algumas Estações e Monumentos Prehistoricos. Lisboa: Tipografia da Academia, 1878.
SILVA, Maria. A evolução cronológica da Cultura Castreja e os modelos interpretativos sócio-culturais. Arqueología y Territorio, n. 5, p. 49-77, 2008.
VASCONCELLOS, Leite. Religiões da Lusitania na parte que principalmente se refere a Portugal. Lisboa: Imprensa Nacional, 1897. v. 1.
VEIGA, Estácio. Paleoethnologia. Antiguidades Monumentaes do Algarve: Tempos Prehistoricos. Lisboa: Imprensa Nacional, 1886. v. 1.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).