CONFALONI, O PROFETA QUE ANUNCIOU E DENUNCIOU PELOS PINCÉIS
DOI:
https://doi.org/10.18224/cam.v21i2.13364Palavras-chave:
Profeta. Pintor. Justiça. Denúncia. AnúncioResumo
Este artigo tem como objeto a pessoa de Frei Confaloni, um italiano-goiano que proclamou a Boa Nova como missionário e teve a coragem de denunciar, pelos pinceis, as desigualdades políticas e sociais. Sua meta era a defesa da justiça. Em nível metodológico, além da bibliografia teórica, buscou-se a leitura sociológica pelo modelo conflitual, para se entender a sua opção pelos descartados do interior brasileiro. Como pintor "novecentista” italiano, ele foi se transformando em alguém que se identificava com os marginalizados. Presbítero e pintor de referência, pôde atualizar textos bíblicos contemplando o rosto indígena, negro e campesino. No “aggiornamento” da Bíblia com a realidade, denunciou as torturas brasileiras. O Jesus bíblico tem o rosto dos sofridos brasileiros da base. Nas denúncias, expressava a esperança que vem de Deus. A hipótese o define, não como teólogo da libertação, mas como um missionário que, pelos pincéis, pode ser chamado de pintor/profeta da libertação.
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