Políticas Públicas e governabilidade da vida
v. 16 n. 3 (2023)
O presente dossiê temático “Políticas Públicas e governabilidade da vida” tem por objetivo reunir artigos e ensaios que discutam as políticas públicas no contemporâneo, afetadas pelo advento do neoliberalismo e das diferentes crises mundiais, e que tragam aspectos históricos para auxiliar na compreensão dos jogos de saber e poder que operam na atualidade e que perfazem os modos de administrar, pesquisar, trabalhar e vivenciar as políticas públicas.
Propomos, aqui, políticas públicas enlaçadas à vida e às múltiplas formas de existência e resistência. Em um contexto de necropolítica e de desinteresse em determinadas vidas (Sugizaki, 2020), “apostamos nas políticas públicas como espaços para interrogações e de encontros coletivos e singulares transformadores de sujeitos e de subjetividades” (Eichherr, Hillesheim, Cruz, 2021, p. 7). Convocamos, assim, aliados e aliadas, pesquisadores e pesquisadoras, às reflexões e interrogações sobre as continuidades e descontinuidades históricas no que tange aos toques às vidas pelas políticas públicas: cuidadosas e violentas e efetivas e afetivas e bárbaras e cruéis...
O convite desdobra-se a todas as áreas do conhecimento, das diferentes regiões do país e do mundo, na intenção de compor uma produção transdisciplinar que seja plural, situada e local.
Edição Especial: Catolicismo, anticomunismo y anticapitalismo durante la Guerra Fría
v. 16 n. 2 (2023)
La guerra fría marcó una etapa de muchas definiciones en las relaciones del mundo entre los años de la posguerra hasta 1989. El mundo bipolar estuvo atravesado por las opiniones del Vaticano, así como por la interpretación de ellas por parte de los laicos católicos. El Vaticano II significó un parte aguas en la doctrina de la Iglesia que influyó en el mundo bipolar. Por un lado, el Vaticano apoyaba a gobiernos autoritarios que beneficiaban a la Iglesia católica, pero a la vez, su propuesta doctrinal iba encaminada a la crítica al mundo tan desigual entre naciones pobres y naciones ricas. A pesar de las fuertes críticas a los países comunistas, el Vaticano se resistió a convertirse en un franco aliado de lo que le llamaban el “mundo libre”. Esto demostró las divergencias entre los miembros de la Iglesia católica: por un lado, una Iglesia que quería mantener el status quo y por otro lado una Iglesia crítica y da apoyo a los pobres. Este número de la Revista Mosaico pretende reunir un conjunto de investigadores y estudiosos sobre la tematica, que abordan las diferentes iniciativas de derecha o izquierda que han marcado, en el ámbito latino-americano.
Mulheres Afrodiaspóricas, religiosidades e feminismos
v. 16 n. 1 (2023)
Especial: Cultura política, Arte e História na Idade Média
v. 15 n. 2 (2022)
Os artigos reunidos neste número tem o intuito de contemplar pesquisadores de diferentes universidades e convidam o leitor a dialogar com aportes teóricos e metodológicos provenientes da História da Arte, História Política, História Social, Religião e Religiosidade, entre outras áreas. Tais olhares, com certeza contribuem com as investigações em História Medieval, uma vez que propõem novos questionamentos a documentos já contemplados pela historiografia a partir de outros aspectos, bem como a apresentação de novos objetos de estudo.
Maternidades, Feminismos e Relações de Gênero: construções do passado; questões do presente
v. 16 n. 4 (2023)
O presente dossiê busca trabalhos que pensem nas relações estabelecidas pelas questões das maternidades, seus discursos históricos e as atuações dos feminismos, tanto no passado, quanto em seus impactos no mundo contemporâneo. É, portanto, uma proposta de intercâmbio interdisciplinar que agrega uma extensa pauta no que tange às noções das maternidades e dos feminismos. Os diversos feminismos contemporâneos, em especial os surgidos através das mídias digitais, entendem que a “maternidade”, agora entendida como ato plural de “fazer social” – e, embora seja uma questão importante para as mulheres nem sempre recebeu a atenção reflexiva pelos feminismos – e que apresenta uma série de demandas e debates ainda em voga na sociedade ocidental, com especial atenção para a latinidade, tais como: controle de natalidade; maternidade compulsória; papel social das mulheres; atuação no mercado de trabalho; amamentação; divisão de gênero nas relações de cuidado, e diversas outras que, urgentemente, ganham força e se apresentam com pautas diversificadas e apropriações discursivas que ganham especificidades próprias em diferentes contextos.
A presença de múltiplos saberes, narrativas, linguagens e estudos acerca das questões que envolvem as relações de gênero, maternidades, discursos históricos e feminismos envolve um amplo debate sobre emoções, afetos, sexualidades, racialidades, etarismos, corpos(as), orientações sexuais, entre outros fatores, que uma vez naturalizada a função materna cada vez mais como sendo “função biológica da mulher”, foram retirados do cenário de debates públicos, obliterando lugares de fala e possibilidades de atuações políticas.
Aberto à participação de pesquisadoras/es aos diversos aspectos possíveis dessa ampla temática, esse dossiê visa compreender ações e temporalidades dos discursos e seus impactos na história e no mundo contemporâneo, com políticas e culturas ainda muito marcadas pelas desigualdades de gênero, violências e assimetrias de vida na nossa sociedade.
As novas topografias teóricas sobre maternidades e feminismos, realizadas desde final dos anos 90 que tem se aprofundado em diversas abordagens, possibilitam analisar tais temas, em especial na América Latina, através de uma série de marcadores sociais da diferença, tais como: raça, sexualidades, corpo, identidade de gênero e relações de poder, ampliando consideravelmente a potencialidade das categorias analíticas e das pesquisas realizadas, na construção de narrativas múltiplas e plurais, colaborando com a revisão de diferentes e áreas do conhecimento acadêmico e científico.
HISTÓRIA E MEMÓRIA DO HOLOCAUSTO: abordagens necessárias e urgentes
v. 15 n. 1 (2022)
O Holocausto ou Shoah foi um processo de perseguição, exclusão social e econômica, expropriação, guetização, extermínio por meio da fome, doenças, esgotamento físico por conta do trabalho e, por fim, o assassinato por meio de fuzilamentos e gaseamento. Em suma, um plano de extermínio total, que levou ao assassinato de aproximadamente 2/3 dos judeus europeus durante a Europa ocupada, além de milhares de mortes de outros grupos é um evento marcante no século XX, dadas as proporções da catástrofe. O Holocausto produziu a mais violenta ruptura para o ideal moderno, racional e civilizado, desestabilizando seu projeto de humanidade. Na medida em que no coração da Europa a barbárie levou, por meio de uma indústria burocratizada, racionalizada e tecnicamente organizada para o extermínio de milhares de pessoas. Por conta disso, a historiografia do Holocausto é vasta – quase tão antiga quanto o próprio evento – na medida que logo após o choque da descoberta dos campos, em especial de extermínio, era pungente a necessidade de reflexões que buscassem interpretar o fenômeno que altera definitivamente a ordem europeia. Desde então, as reflexões historiográficas com relação a Shoah passaram por desdobramentos distintos e mudanças na medida que novas fontes e novos testemunhos foram descobertos e revelados, ao mesmo tempo que possibilidades de abordagens foram sendo criadas e o próprio distanciamento temporal possibilitava novas abordagens e o trato da memória, na medida que se trata de um evento traumático para o Ocidente. Nos últimos anos podemos observar fenômenos preocupantes. Um deles, podemos caracterizar como sendo uma certa “apropriação do Holocausto”, que com supostos argumentos historiográficos buscam relativizar o evento. Em outros casos tentam particularizar o fenômeno, tratando-o como relacionado exclusivamente aos judeus, por fim, ainda há incidência do negacionismo histórico que pretende, a partir de grupos específicos, simplesmente negar a existência da Shoah. Fenômeno importante é que quanto mais nos distanciamos temporalmente da libertação dos campos, o número de testemunhas diminui, logo, possuímos hoje a última geração com contato direto com sobreviventes. Tratar o Holocausto era urgente logo após a revelação dos campos, continuou urgente a cada descoberta, a cada reinterpretação, hoje, com os avanços dos negacionistas e de políticas que remetem aos tempos mais sombrios do século XX, se faz ainda necessário discutir e estudar a Shoah. Por tudo isso, o presente dossiê busca reunir artigos que tratem o Holocausto nas mais variadas possibilidades de abordagens, anterior à sua ocorrência, durante e depois, ou seja, o que o permitira, seu desenrolar e como fora e é feita a sua gestão de memória, tal como questões teóricas que o envolvem, por se tratar de um evento traumático que desestabilizou as bases de orientação da modernidade trazendo problemas epistemológicos também para a História. Contribuições relativas ao papel do Brasil e da sociedade brasileira nesse período, seja através da relação de refugiados e sobreviventes do Holocausto com o Brasil, ou de grupos políticos – estatais ou não – também são bem-vindas.
HISTÓRIA DA LOUCURA
v. 14 n. 2 (2021)
CIDADES, HISTÓRIA E TERRITÓRIOS
v. 14 n. 1 (2021)
ARQUEOLOGIA E PAISAGEM
v. 13 (2020)
NOVAS PERSPECTIVAS DA RELIGIOSIDADE POPULAR
v. 13 (2020)
Por um lado, muitas dessas adjetivações advêm das oposições rígidas entre sagrado/profano, magia/religião, fé/superstição que ainda permeiam os referenciais teóricos acadêmicos. Elas têm se mostrado bastante limitadas quando o pesquisador se empenha em analisar o cotidiano da religiosidade popular. Por outro, as novas relações e novos movimentos religiosos presentes no mundo contemporâneo induz os pesquisadores do assunto desafios cada vez maiores para se pensar a amplitude do conceito de religião e/ou religiosidade popular em suas infinitesimais dinâmicas.
Em face disso, o presente dossiê propõe-se a reunir contribuições acadêmicas das mais diversas matizes quereflitam acerca da religião e religiosidade popular, de modo a se pensar de como as novas e tradicionais perspectivas do estudos da religião têm contribuído para abrir novas formas de leitura da religiosidade e religião popular na América Latina.
ESPECIAL: ARQUÉTIPOS, MITO E ARTE NAS PERFORMANCES CULTURAIS
v. 13 (2020)
Congadas: Memória e Tradição Afro-Brasileira
v. 12 (2019)
Materializando a História: o Passado Humano através da Cultura Material
v. 12 (2019)
Concebemos a materialidade humana enquanto elemento de subjetivação; assim como a única categoria de análise que perpassa pelos longínquos contextos temporais, desde períodos totalmente desvinculados das memórias vivas, até os tempos atuais; a entendemos igualmente como elemento dinâmico nos contextos humanos, com potencialidade de captar particularidades da alteridade humana; enquanto inerente às sociedades humanas, ela é constituída de símbolos e, portanto, além de seu aspecto funcional tem potencial para agenciar o modo pelo qual sociedades humanas organizam e avocam a própria vida social.
Nesta perspectiva, o presente dossiê visa fomentar discussões acerca da materialidade presente em diferentes sociedades e períodos temporais e convida autores a submeterem artigos que tratem dessa questão por meio de dados coletados em campo, estudo de coleções e/ou sítios.