ANCESTRALIDADE E AFRO-BRASILIDADE

Conteúdo do artigo principal

Jurema José de Oliveira

Resumo

O presente artigo originou-se da pesquisa intitulada Ancestralidade, Pan-africanismo e Afro-brasilidade subsidiada pela Fundação de Apoio à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo – Fapes. A ancestralidade que nos alimenta aparece na base das linguagens (romance, conto, poesia, provérbio) e expressões artísticas de matriz africana. O preexistente é um personagem recorrente nas narrativas contemporâneas da afro-brasilidade, mas também se manifesta de outras formas à medida que esse sentir e estar nesta sintonia se mostra nos ritmos, alimentos e religiosidades cultuadas pelo comunidade negra. Neste sentido, o objetivo deste estudo é pautar modalidades de discursividades que transitam pelo plano da territorialidade coletiva exposta nas formas enunciativas moldadas na escrita cuja filosofia de sustentabilidade deste modo de estar no mundo é de origem bantu. Palavras-chave: Ancestralidade. Coletividade. Afro-brasilidade. Bantu. Ficção.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
OLIVEIRA, J. J. de. ANCESTRALIDADE E AFRO-BRASILIDADE. Revista Mosaico - Revista de História, Goiânia, Brasil, v. 16, n. 1, p. 108–124, 2023. DOI: 10.18224/mos.v16i1.9213. Disponível em: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/mosaico/article/view/9213. Acesso em: 29 mar. 2024.
Seção
Artigos de Dossiê
Biografia do Autor

Jurema José de Oliveira, Universidade Federal do Espírito Santo - Ufes

Possui Graduação em Licenciatura Plena pela Faculdade de Educação da universidade Federal do Rio de Janeiro ? UFRJ (1992), Bacharel em Letras ? Português/Literaturas pela Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro ? UFRJ (1990); Bacharel em Letras Português ? Árabe pela Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1994); Mestrado em Literatura Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro ? UFRJ (1998); Doutorado em Letras pela Universidade Federal Fluminense ? Uff (2005). Professora da Universidade Federal do espírito Santo ? Ufes no Departamento de Línguas e Letras - DLL.

Referências

ALTUNA, PE. Raul Ruiz Asúa. Cultura tradicional Bantu. 2 ed. São Paulo: Paulinas, 2014.

AUGEL, Noema Parente. “Africanidades e Brasilidades – Novos Desdobramentos: Saliatu da Costa e Lívia Natália”. In: OLIVEIRA, Jurema (Org.). Africanidades e brasilidades: culturas e territorialidades. Rio de Janeiro: Dialogarts, 2015.

AGRA F., Luciano Bezerra. https://www.geledes.org.br/a-musica-afro-brasileira-como-representacao-da-cultura-escravocrata-no-periodo-colonial-seculo-xvi-xix-uma-abordagem-viavel-no-ensino-de-historia/ , visitado em 02 de agosto de 2020.

BÂ, A. Hampaté. “Tradição viva”. In: ZERBO, J. Ki-. História geral da África I: Metodologia e pré-história da África. 2 ed. rev. Brasil: Unesco, 2010.

CAMARGO, Osvaldo. “Grito de angústia”. In: Raiz de um negro brasileiro. São Paulo: Ciclo contínuo, 2015.

DECHEN, Chaia. “Abraço”. In: FAUSTINO, Carmen e SOUZA, Elizandra (Org.). Pretextos de mulheres negras. São Paulo: Secretaria de Cultura do Município de São Paulo, 2013.

Dossiê das matrizes do samba no Rio de Janeiro. In: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Dossi-%20Matrizes%20do%20Samba.pdf, visitado em 21 de julho de 2020.

EVARISTO, Conceição. Poemas da recordação e outros movimentos. 3. ed. Rio de Janeiro: Malê, 2017.

- - -. Becos da memória. Rio de Janeiro: Pallas, 2019.

FREITAS, Landy. “Riachão”. In: FAUSTINO, Carmen e SOUZA, Elizandra (Org.). Pretextos de mulheres negras. São Paulo: Secretaria de Cultura do Município de São Paulo, 2013.

GUEDES, Lino. “Novo Rumo”. In: http://www.letras.ufmg.br/literafro/arquivos/autores/LinoGuedesNovoRumo05.pdf, visitado em 19 de setembro de 2020.

JESUS, Carolina Maria de. Diário de Bitita . Sacramento: Bertolucci, 2012.

- - -. Quarto de despejo: diário de uma favelada. 10 ed. São Paulo: Ática, 2014.

LEITE, Fábio. http://www.revistas.usp.br/africa/article/view/74962/78528, visitado em 25 de julho de 2020.

LIMA, Ivan Costa. “As religiões de matriz africana: espaços de conhecimentos e atuação política”. In: OLIVEIRA, Jurema (Org.). Africanidades e Brasilidades: literaturas e linguística. Curitiba: Appris, 2018.

LIMA, Luiz Costa. Teoria da literatura e suas fontes. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1975.

LINS, Paulo. Desde que o samba é samba. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

LOPES, Nei. Enciclopédia brasileira da Diáspora africana. 4 ed. ver., atual e ampl. São Paulo: Selo Negro, 2011.

MAFFESOLI, Michel. O Tempo das tribos: o declínio do individualismo nas sociedades de massa. 3 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000.

MOORE, Carlos. A África que incomoda: sobre a problematização do legado africano no quotidiano brasileiro. Ed. 2 ampliada. Belo Horizonte: Nandyala, 2010. (Coleção repensando África, Volume 3).

MUCAVELE, Tina. “Semente que sonho”. In: FAUSTINO, Carmen e SOUZA, Elizandra (Org.). Pretextos de mulheres negras. São Paulo: Secretaria de Cultura do Município de São Paulo, 2013.

MUNANGA, Kabengele. “Apresentação”. In: MUNANGA, Kabengele (Org.). Superando o Racismo na Escola. Brasília: MEC, 2005.

NATÁLIA, Lívia. “Canteiros”. In: http://outrasaguas.blogspot.com/, visitado em 01 de agosto de 2020.

OLIVIER, Celso Eduardo. Puericultura: preparando o futuro para seu filho. Novas Edições Acadêmicas, 2015. In: http://www.docsystems.med.br/pdf/Puericultura.pdf, visitado em 19 de setembro de 2020.

OLIVEIRA, Eduardo David de. A ancestralidade na encruzilhada. Curitiba: Gráfica Popular, 2007.

OLIVEIRA, Jurema. “O preexistente e sua ausência em narrativas contemporâneas de Moçambique, Angola e Brasil”. In: OLIVEIRA, Jurema (Org.). Africanidades e Brasilidades: literaturas e linguística. Curitiba: Appris, 2018.

- - -. “As marcas da africanidade e da brasilidade em narrativas contemporâneas”. In: CHAGAS, Silvania Núbia (Org.) Nas fronteiras da linguagem: língua, literatura e cultura. Salvador: Edfba, 2017.

- - -. OLIVEIRA, Jurema (Org.). Africanidades e brasilidades: culturas e territorialidades. Rio de Janeiro: Dialogarts, 2015.

- - -. No limite entre a memória e a história: a poesia. Vitória: Edufes, 2011.

PESSOA, Yeda. “Africanias: acolhendo as línguas africanas”. In: In: OLIVEIRA, Jurema (Org.). Africanidades e Brasilidades: literaturas e linguística. Curitiba: Appris, 2018.

QUEEN, Tiely. “Passeando pelo mundo”. In: In: FAUSTINO, Carmen e SOUZA, Elizandra (Org.). Pretextos de mulheres negras. São Paulo: Secretaria de Cultura do Município de São Paulo, 2013.

QUINTINO, Isabel Cristina de Araújo. O Congo Capixaba como Patrimônio Imaterial: as festas de São Benedito na Serra e as Bandas de Congo. Dissertação (Mestrado em Museologia e Patrimônio) – Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO; Museu de Astronomia e Ciências Afins – MAST, Rio de Janeiro, 2018.

SARLO, Beatriz. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. São Paulo: Companhia das Letras; Belo Horizonte: UFMG, 2007.

SEVCENKO, Nicolau. Literatura como missão: tensões sociais e criação cultural na primeira República. São Paulo: Brasiliense, 1999.

SOLBERG, Helena (direção). Filme A palavra encantada, 2009.

TEODORO, Janaína. Pretextos de mulheres negras. São Paulo: Secretaria de Cultura do Município de São Paulo, 2013.

VIEIRA, Kauê. “Jongo: memória viva dos antepassados negros do Brasil”. In: http://www.afreaka.com.br/notas/jongo-memoria-viva-dos-antepassados-negros-brasil/#:~:text=O%20grupo%20cultural%20foi%20criado,conjunto%20art%C3%ADstico%20Jongo%20da%20Serrinha.&text=Criado%20no%20fim%20da%20d%C3%A9cada,refer%C3%AAncia%20da%20cultura%20carioca%20tradicional, visitado em 19 de agosto de 2020.