EXPERIÊNCIA E IMAGEM NA AMBIVALÊNCIA DO ORIGINÁRIO EM RONDÔNIA
O TRABALHO COMO DISCURSO PERFORMATIVO
DOI:
https://doi.org/10.18224/mos.v17i2.14114Resumo
O performativo visa designar cenários que presumem discurso de autoridade. No caso de Rondônia ele está entre experiência e imagem que optamos chamar de originário. Essa bioenergética tem fins úteis por enviar aos destinatários o objeto-termo a ser partilhado alcançado pelo signo do trabalho. Essa dinâmica faz parte da plasticidade da memória coletiva que sugere certa indicação na experiência estética. Nesse caminho, ela integra um efeito estético podendo ser explicitado se o observarmos pela pragmática da historicidade da experiência alimentando a utopia da modernidade, pois o trabalho designa o valor do território. Através dele há autorização, libertação e certa emancipação em relação ao horror que o vazio representa. Como resultado, a ambivalência do originário está tanto para o desenvolvimentismo do agronegócio quanto para populações tradicionais.
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