AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DA LUZ ULTRAVIOLETA CONTÍNUA NA DESCONTAMINAÇÃO DE CÉDULAS DO REAL
DOI:
https://doi.org/10.18224/evs.v51i1.13956Palavras-chave:
Raios Ultravioleta, Bactérias Aeróbias, DescontaminaçãoResumo
As mãos são vias de transmissão de microrganismos pois entram em contato com diferentes objetos no dia a dia, incluindo o dinheiro. Com o desgaste das cédulas, ocorre acúmulo de umidade, impurezas e bactérias, que são favorecidas pelo óleo produzido na polpa dos dedos e depositados em meio às rachaduras no papel-moeda. Embora a luz ultravioleta contínua (UV-C) possa ser empregada na descontaminação de objetos e superfícies, é necessário conhecer o tempo de exposição ideal, para assim, utilizá-la de forma eficiente. Esse estudo objetivou avaliar a eficácia da exposição à UV-C na descontaminação de cédulas do real. Foram analisadas quatro cédulas sendo três de R$2,00 e uma de R$5,00, selecionadas aleatoriamente. Os experimentos foram realizados em duplicata no Laboratório Clínico da PUC Goiás, empregando-se os meios de cultura TSB e PCA. As amostras foram coletadas com swabs umedecidos em caldo TSB estéril, antes e após a exposição das cédulas à luz UV-C durante 5, 10 e 20 minutos. Após a coleta, as amostras foram semeadas em caldo TSB e incubadas à 36ºC. Após 24h, 100μl do caldo TSB foram semeados na superfície do ágar PCA, o qual foi incubado à 36ºC por 24h. Na sequência realizou-se a leitura dos experimentos. Os resultados evidenciaram a presença de de microrganismos mesófilos aeróbios totais (MMAT) em todas as cédulas avaliadas antes e após exposição durante 5 e 10 minutos à luz UV-C. Por outro lado constatou-se que após 20 minutos de exposição à luz UV-C, houve 100% de descontaminação das cédulas do real.
Downloads
Referências
Secretaria de Relações Institucionais do Banco Central do Brasil, Museu de Valores do Banco Central do Brasil. Dinheiro no Brasil. Ficha catalográfica do Banco do Brasil. 2004; 2ªEd.:6-34.
Salvador FC, Silva JB, Pereira JKG. Avaliação do dinheiro como uma possível fonte de contaminação por bactérias patogênicas. V EPCC CESUMAR – Centro Universitário de Maringá 2007;5(1):1-5.
Souza DA, Santo ER, Borges TR, Vieira MR. Estudo da contaminação de cédulas de dinheiro e moedas por parasitos nas cantinas de uma instituição superior. Vita et Sanitas 2018;12(2):10-16.
Fonseca TAP, Pessôa R, Sanabani SS. Molecular analysis of bacterial microbiota on brazilian currency note surfaces. Int J Environ Res Public Health 2015;12(10):13276-88.
Gedik H, Voss TA, Voss A. Money and transmission of bacteria. Antimicrobial Resistance and Infection Control 2013;2(22):1-3.
Lindsley WG, Mcclelland TL, Neu DT, Martin SBJr., Mead KR, Thewlis RE, Noti JD. Ambulance disinfection using Ultraviolet Germicidal Irradiation (UVGI): Effects of fixture location and surface reflectivity. J Occup Environ Hyg 2018;15(1):1-12.
Sant’ana AS, Caetano C, Azeredo DRP. Comparação entre os métodos rápidos Simplate® TPC- CI e Petrifilm® AC e os métodos convencionais de contagem em placas para a enumeração de aeróbios mesófilos em sorvetes. Ciênc. Tecnol. Aliment 2002;22(1):60-64.
Pens CJS, Both FL, Silva LC, Dias MA. Avaliação da contagem de microrganismos aeróbios mesófilos em sushis de buffets de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Brazilian Journal of Food Research 2020;11(1):45-57.
Freitas R, Nero LA, Carvalho AF. Technical note: enumeration of mesophilic aerobes in milk: Evaluation of standard official protocols and Petrifilm aerobic count plates. Journal of Dairy Science 2010;92(7):3069-3073.
Casini B, Tuvo B, Cristina ML, Spagnolo AM, Totaro M, Baggiani A, Privitera GP. Evaluation of an Ultraviolet C (UVC) Light-Emitting device for disinfection of high touch surfaces in hospital critical areas. Int J Environ Res Public Health 2019;16(19):3572.
Ploydaeng M, Rajatanavin N, Rattanakaemakom P. UV-C light: A powerful technique for inactivating microorganisms and the related side effects to the skin. Photodermatol Photoimmunol Photomed 2021;37(1):12-19.
Pfeifer GP. Mechanisms of UV-induced mutations and skin cancer. Genome Instability & Disease 2020;1(3):99-113.
Markovitsi D. UV-induced DNA Damage: The Role of Electronic Excited States. Photochemistry and Photobiology 2016;92(1):45-51.
Svobodova A, Walterova D, Volstalova J. Ultraviolet light induces altration to the skin. Biomed Pap Med Fac Univ Palacky Olomouc Czech Repub. 2006;150(1):25-38.
Mackenzie D. Ultraviolet Light Fights New Virus. Engineering 2020;6(8):851-853.
Nunayon SS, Wang M, Zhang H H, Lai ACK. Evaluating the efficacy of a rotating upper-room UVC-LED irradiation device in inactivating aerosolized Escherichia coli under different disinfection ranges, air mixing, and irradiation conditions. Journal of Hazardous Materials 2022;440:129791.
Ueki SYM, Chimarra E, Yamauchi JU, Latrilha FO, Simeão FCS, Moniz LL, et al. Monitoramento em cabine de segurança biológica: manipulação de cepas e descontaminação em um laboratório de micobactérias. J. Bras. Patol. Med. Lab 2008;44(4):263-269.
Yang JH, Wu UI, Tai HM, Sheng WH. Effectiveness of an ultraviolet-C disinfection system for reduction of healthcare-associated pathogens. J Microbiol Immunol Infect 2019;52(3):487-493.
World Health Organization & International Programme On Chemical Safety. Ultraviolet radiation; an authoritative scientific review of environmental and health effects of UV, with reference to global ozone layer depletion / published under the joint sponsorship of the United Nations Environment Programme, the International Commission on Non-Ionizing Radiation Protection and the World Health Organization, 1994.
Hummel A, Ergai A, Spiva LA, Toney S, Crawford A. Rapid design and implementation of a UVC decontamination room. Sci Rep 2022;12(1):835.
Groot T, Chowdhary A, Meis JF, Voss A. Killing of Candida auris by UV‐C: Importance of exposure time and distance. Mycoses 2019;62(5):408-412.
Song C, Wen R, Zhou J, Zeng X, Kou Z, Li Y, et al. UV C light from a Light-Emitting Diode at 275 Nanometers Shortens Wound Healing Time in Bacterium- and Fungus-Infected Skin in Mice. Microbiol Spectr 2022;10(6):e0342422.
Akter S, Roy PC, Ferdaus A, Ibnat H, Alam ASMRU, Nigar S, et al. Prevalence and stability of SARS-CoV-2 RNA on Bangladeshi banknotes. Sci Total Environ 2021;779:146133.
Alwakeel SS, Nasser LA. Bacterial and fungal contamination of Saudi Arabian paper currency and cell phones. Asian Journal of Biological Sciences 2011;4(7):556-562.
Barolia SK, Verma S, Verma BK. Coliform contamination on different paper currency in Ajmer, Rajasthan, India. Universal Journal of Environmental Research and Technology 2011;1(4):552-556.
Górny RL, Golofit-Szymczak M, Wójcik-Fatla A, Cyprowski M, Stobnicka-Kupiec A, Lawniczek-Walczyk A. Microbial contamination of money sorting facilities. Ann Agric Environ Med 2021;28(1):61-71.
Angelakis E, Bibi EAF, Yasir M, Al-Ghamdi AK, Ashshi AM, Elshemi AG, Raoult D. Paper money and coins as potential vectors of transmissible disease. Future Microbiol 2014;9(2):249-61.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Pedro Caponi Tavares de Brito, Monalyza Borges de Oliveira Camargo, Alessandra Marques Cardoso
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 BY NC ND que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja Manifesto Brasileiro de Apoio ao Acesso Livre à Informação Científica).