JUDEUS-MARROQUINOS NA HINTERLAND AMAZÔNICA: IMIGRAÇÃO, RELIGIOSIDADE E FORMAÇÃO DA IDENTIDADE JUDAICA
DOI:
https://doi.org/10.18224/cam.v21i3.13641Palavras-chave:
Judeus, Amazônia, Identidade JudaicaResumo
O presente artigo tem por objetivo realizar uma análise sobre as principais causas que levaram à imigração de comunidades judaicas marroquinas do norte da África para a Amazônia, a partir da segunda metade do século XIX. Sendo assim, foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre o tema apoiada no periódico A Voz de Israel, primeiro jornal judaico a circular na região amazônica. Este estudo apresenta as razões que impulsionaram esse movimento diásporo, como também a diversidade cultural existente nas comunidades presentes nas cidades que integram a foz do Rio Amazonas (região que compreende Belém do Pará, passando pelas ilhas, como Marajó, até a cidade de Macapá). As famílias judaicas que se fixaram na Amazônia, no decorrer do século XIX e início do século XX, foram oriundas de duas comunidades residentes no Marrocos: os toshavim e os megorashim, que falavam o espanhol, o português e um dialeto local, o hakitia. Esse processo migratório resultou na formação de uma nova identidade judaica que fez ressignificar sua cultura articulada com a região amazônica. Além disso, essas comunidades estabeleceram diversas conexões de sociabilidades que possibilitaram a ascensão econômica e política necessárias para adentrar nos principais grupos de poder local.
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