O ACIONAMENTO DISCURSIVO DA BÍBLIA NA VOTAÇÃO DA ADMISSIBILIDADE DO IMPEACHMENT DE DILMA ROUSSEFF

Edigar Barraqui Gerhardt; Joilson de Souza Toledo; Luís Fernando Bulhões Figueira

doi:10.18224/cam.v21i3.13045

Autores

Edigar Barraqui Gerhardt Universidade Federal do Espírito Santo https://orcid.org/0000-0001-8219-2808
Joilson de Souza Toledo Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro https://orcid.org/0000-0002-7891-9864
Luís Fernando Bulhões Figueira Universidade Federal do Espírito Santo https://orcid.org/0000-0003-0748-4987

DOI:

https://doi.org/10.18224/cam.v21i3.13045

Palavras-chave:

Impeachment, Discurso Político, Discurso Religioso, Análise do Discurso, História Cultural.

Resumo

A sessão de votação da admissibilidade do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, ocorrida no dia 17 de abril de 2016, retrata a presença/intensidade do acionamento discursivo da Literatura Sagrada Cristã no debate público brasileiro. Os embates políticos são também lutas de imaginários e formações discursivas que disputam a legitimidade perante a sociedade. Para investigar tal processo, o presente artigo retoma e analisa os textos bíblicos acionados na referida sessão parlamentar, com ênfase no versículo 12 do Salmo 33, que apresentou maior recorrência entre as citações, tendo como base os conceitos de Representação e Imaginário, oriundos do campo da História Cultural, e as concepções de Formação Discursiva e Interdiscurso, vinculadas ao arcabouço teórico da Análise do Discurso, e em diálogo com estudos sobre a Literatura Sagrada das Religiões. Desta forma, a presente investigação analisa, através do discurso, o modo como a Presidenta é anunciada como preterida por aqueles que se sentem escolhidos e reivindicam para Deus a constituição do processo que empreendem.

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Biografia do Autor

Edigar Barraqui Gerhardt, Universidade Federal do Espírito Santo

Mestre em Linguística pela Universidade Federal do Espírito Santo.

Joilson de Souza Toledo, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Doutorando em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Mestre em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás.

Luís Fernando Bulhões Figueira, Universidade Federal do Espírito Santo

Professor do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Doutor em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

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