Caminhos do objeto: a afirmação do leilão e os primeiros capítulos de uma história do comércio no Brasil oitocentista

Autores

  • Caroline Fernandes Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.18224/mos.v10i0.5473

Palavras-chave:

objetos, leilão, comércio

Resumo

No Brasil, a afirmação do leilão como uma atividade comercial se deu ao longo do século XIX. Com o fim do monopólio exercido pela Coroa Portuguesa em 1808, houve um grande crescimento do fluxo de mercadorias que chegavam todos os anos ao porto do Rio de Janeiro, a maior parte delas formada por manufaturas europeias. Num primeiro momento, destacaram-se produtos e comerciantes ingleses. O leilão foi uma das formas de garantir a absorção desse intenso fluxo de mercadorias pela sociedade brasileira. O aumento do número de agentes de leilão e sua atuação no mercado brasileiro gerou a necessidade de regulamentação dessa atividade, efetuada inicialmente por meio de decreto em 1851. Porém, somente na década de 1930 a profissão de leiloeiro seria finalmente regulamentada.

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Biografia do Autor

Caroline Fernandes, Universidade Federal do Pará

Doutora em Historia pela Universidade Federal Fluminense. Professora Visitante da Universidade Federal do Pará

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Publicado

14.08.2017

Como Citar

FERNANDES, C. Caminhos do objeto: a afirmação do leilão e os primeiros capítulos de uma história do comércio no Brasil oitocentista. Revista Mosaico - Revista de História, Goiânia, Brasil, v. 10, p. 67–80, 2017. DOI: 10.18224/mos.v10i0.5473. Disponível em: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/mosaico/article/view/5473. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Dossiê