Revista Mosaico - Revista de História
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<p>A revista <strong>Mosaico</strong> é um periódico do Programa de Pós-Graduação em História da PUC Goiás que enfatiza, na grande área das ciências humanas, os estudos históricos e culturais, de forma interdisciplinar, para divulgação da produção científica e para o estabelecimento de intercâmbio com outras instituições locais, nacionais e internacionais. Publica em Fluxo Contínuo, em português, inglês e espanhol.</p>Editora da Pontifícia Universidade Católica de Goiáspt-BRRevista Mosaico - Revista de História1983-7801<p><strong>Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre</strong> Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons BY-NC-ND 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).</p> <p><strong>Policy Proposal for Open Access Journals</strong> Authors who publish in this journal agree to the following terms: Authors retain the copyright and grant the journal the right to first publication, with the work simultaneously licensed under the Creative Commons BY-NC-ND 4.0 that allows sharing of the work with acknowledgment of authorship and initial publication in this magazine. Authors are authorized to assume additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (eg, publishing in institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal. Authors are allowed and encouraged to publish and distribute their work online (eg in institutional repositories or on their personal page) at any point before or during the editorial process, as this can generate productive changes, as well as increase impact and citation of the published work (See The Effect of Open Access).</p>FEMINISMO E MATERNIDADE
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<p>O objetivo do artigo é analisar de que maneira os movimentos feministas discutem a maternidade e o trabalho não remunerado a ela associado. A metodologia utilizada é qualitativa, tendo sido realizada uma revisão bibliográfica embasada em feministas que partem de uma perspectiva materialista. Num primeiro momento, discute-se como a “questão feminina” não é resolvida dentro dos moldes do feminismo liberal, a partir de Zetkin (1976; 2015) e Kollontai (1976). Na segunda parte, se analisa os conceitos de “Patriarcado”; “trabalho reprodutivo" e “divisão sexual do trabalho”, a partir da perspectiva do Feminismo Materialista Francófono (FMF) e do Feminismo Autonomista. Por fim, é discutido o conceito de “maternagem” por meio de O’Rilley (2016, 2023) e formas coletivas de maternar a partir de Hill-Collins (1994), Fonseca (2005) e Afonso (2018).</p>Lorrany Rodrigues do NascimentoMarlene Teixeira Rodrigues
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2024-03-072024-03-0716471810.18224/mos.v16i4.13530MATERNIDADES, RELAÇÕES DE GÊNERO E DESIGUALDADES HISTÓRICAS: CONDIÇÕES SOCIAIS, HERANÇAS CULTURAIS E MATERNIDADES NORMATIVAS EM TEMPOS DE COVID-19 NO BRASIL
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<p>Este artigo pretende apresentar os resultados parciais de uma ampla investigação sobre os impactos da COVID-19 na vida da comunidade universitária da Universidade Federal de Goiás, localizada no Centro-Oeste do Brasil, sejam eles docentes, técnicos administrativos e discentes para embasar ações que possam discutir academicamente e promover debates sobre equidade de gênero. O isolamento social no ambiente doméstico tem evidenciado problemas comuns na esfera doméstica, onde as mulheres, especialmente as mães, enfrentam a maior carga de trabalho não remunerado de cuidado e gestão da casa. Para além de serem as principais responsáveis pelas tarefas domésticas e pelos cuidados às pessoas em casa em geral, há também a carga mental do trabalho emocional, uma vez que as mulheres são, na maioria das vezes, responsáveis pelo planeamento e gestão da casa, de todas as refeições e da vida quotidiana. A ideia da "boa mãe" também se apresenta como um problema neste cenário. Acrescentamos ainda, na atual conjuntura, a alarmante constatação de que a pandemia vem reduzindo a produção de trabalhos acadêmicos assinados por mulheres cientistas, pois a parte do dia dedicada ao trabalho intelectual só se torna possível após a interminável jornada de trabalho familiar e doméstico. A cobrança pela produção científica, no entanto, continua a mesma o que aumenta ainda mais o abismo das desigualdades de gênero entre a produção acadêmica.</p>Ana Carolina Eiras Coelho SoaresSônia Maria de Magalhães
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2024-03-072024-03-07164193710.18224/mos.v16i4.13548ENTRE A UTOPIA E A DISTOPIA: AMBIENTE E CONTROLE DO PROCESSO REPRODUTIVO
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<p>Neste artigo proponho uma reflexão acerca das possibilidades distópicas do controle do processo reprodutivo e da opressão das mulheres a partir de seus corpos e de sua capacidade de gerar, a partir da obra <em>O Conto de Aia</em>, da escritora canadense Margaret Atwood. Utilizo como ferramenta teórico-metodológica a análise do discurso e uso para efeito comparativo a utopia de transformação social a partir do nascimento defendida pelo médico francês Michel Odent. No desenvolvimento do texto, abordo as temáticas que se cruzam nas duas obras relacionadas à realização do parto da forma mais natural possível e os efeitos da degradação do meio ambiente. Abordo também a projeção de Atwood de uma sociedade eugênica, opressora e totalitária branca, a exclusão de pessoas negras da obra e a utilização de acontecimentos reais da violência contra as mulheres negras escravizadas nos Estados Unidos, não devidamente referenciadas.</p>Elaine Muniz Pires
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2024-03-072024-03-07164385310.18224/mos.v16i4.13539MATERNIDADE COMO MARCADOR DA DIFERENÇA NAS RELAÇÕES SOCIAIS
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<p>Este artigo busca situar a maternidade como cerne nos estudos, discussões e revisões sobre etimologia das relações sexuais de poder, da cisão pública e privada e das relações sociais contemporâneas pela lente do feminismo e da interseccionalizade como metodo de analise a fim de entender como as expressões estruturais e estruturantes patriarcais moveram e ainda move o lugar social da mulher mãe na sociedade. A luz da critica feminista, convidamos as leitoras e leitores a mergulhar profundamente nas questões inerentes a maternidade e a forma símbolica com que milênios de construção de suas subjetividades, para uso é beneficio dos sistemas de opressão, resultaram em um cenário aterrador para mulheres mães. Encontramos na raiz das análises apresentadas algumas respostas, muitos questionamentos e caminhos possíveis para uma sociedade onde mulheres mães e suas crias possam ter sua existência, seus direitos e sua humanidade reconhecidos, respeitados e protegidos. </p>Ivana de Oliveira Eugênio de Souza MouraJuliana Marcia Santos Silva
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2024-03-072024-03-07164546410.18224/mos.v16i4.13536MATERNAGEM E RUPTURA: SENTIDOS EMANCIPATÓRIOS DE MATERNIDADE A PARTIR DE EXPERIÊNCIAS DE AMAMENTAÇÃO NO BRASIL CONTEMPORÂNEO
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<p>Relacionando alguns significados em torno da construção social e histórica da “mulher”, bem como da “maternidade” enquanto instituição (Rich, 1986), agrego perspectivas antropológicas de diversos contextos de maternidade para o debate em torno das práticas de maternagem no Brasil contemporâneo. Após traçar um quadro teórico e etnográfico apontando para moralidades em torno da conceitualização de tais categorias, articulo dados de pesquisa etnográfica realizada entre 2019-2022 analisando, online, discursos e imagens de perfis no Instagram de 11 mulheres ativistas pela amamentação – à semelhança do movimento social lactivismo na Espanha, conforme Massó Guijarro (2015). Argumento que tais mulheres experienciam, a partir da maternidade e, especificamente, da amamentação, o que considero uma ruptura (Miller, 2005) potencialmente transformadora de suas trajetórias, percepções políticas e entendimentos de si. Tais ativistas, através de seus discursos e relações online, atribuem sentidos potencialmente emancipatórios comuns a experiências individuais, questionando prescrições e moralidades impostas às mulheres de forma ampla e arraigada, bem como evidenciando contradições e ambiguidades na maternidade e na maternagem.</p>Raquel Braga
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2024-03-072024-03-07164658010.18224/mos.v16i4.13535GÊNERO E AFETIVIDADES POLÍTICAS: A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NAS FILEIRAS DA AÇÃO INTEGRALISTA BRASILEIRA SOB A CONDIÇÃO DE “MULHER DE BEM”
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<p>Os estudos sobre os fascismos vêm reconhecendo que a existências de movimentos de cunho ultranacionalistas populares não existiu apenas em regiões como Alemanha (Nazismo) e Itália (Fascismo), mas em diversos lugares ao redor do mundo, inclusive no Brasil. O movimento integralista, denominado por Ação Integralista Brasileira (AIB), surgiu em 1932, sob liderança de Plínio Salgado, e teve expressões fascistas na sua forma de organização ideológica e política. Como os fascismos são originalmente baseados nas diversidades e particularidades da região em que se constitui, no caso brasileiro isso se mostrou perceptível na forma como introduziu a participação das mulheres na fileira do movimento, não mais como figurantes e espectadoras – como foi possível observar em outros movimentos fascistas –, mas como militantes de rua. Dessa forma, esse trabalho buscou debater as formas de participação das mulheres em um movimento fascista, a partir das categorias analíticas de gênero e das afetividades políticas, categorias estas, que possibilitam um diferente olhar para o contexto social e político dos anos 1930. Para tal análise, utilizamos o jornal <em>A Offensiva (1936)</em> e escritos de Plínio Salgado, além de uma análise bibliográfica sobre a participação de mulheres em diferentes movimentos fascistas. </p>Luana Dias SantosMona Mares Lopes da Costa Bento
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2024-03-072024-03-07164819010.18224/mos.v16i4.13533MATERNALISMO POLÍTICO NAS MOBILIZAÇÕES FEMINISTAS DO DEPARTAMENTO PARAENSE PELO PROGRESSO FEMININO (BELÉM/PA, 1931-1937)
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<p>Este artigo realiza reflexões sobre o feminismo e a presença do maternalismo político praticado pelas feministas do Departamento Paraense pelo Progresso Feminino, entre os anos de 1931 e 1937, período de intensas atividades do grupo na cidade de Belém. Nessa estratégia, notam-se alguns objetivos, como a implementação dos direitos pleiteados e a configuração de uma imagem positiva à instituição, com a permanência de determinados papéis sociais femininos. Assim, as feministas utilizaram-se da maternidade e de sua importância social como fator intensificador para conseguir o que almejavam, seja em celebrações públicas, exemplo da homenagem ao Dia das Mães, como uma comemoração feminista, seja durante os períodos de reformas legislativas. A partir dos jornais e das correspondências, tornou-se possível compreender as ações estratégicas feministas, a partir do maternalismo político.</p>Bárbara Leal Rodrigues
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2024-03-072024-03-071649110310.18224/mos.v16i4.13531MÃES-UNIVERSITÁRIAS: AS DIFICULDADES DURANTE A GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
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Este trabalho tem como objetivo analisar a percepção das mães-universitárias do curso de Educação Física (EF) sobre os maiores desafios encontrados por estas acadêmicas, no que diz respeito a sua formação, através do entendimento sobre maternidade e maternagem. Foi aplicado um questionário on-line, relacionado às suas dificuldades associadas à maternidade e à graduação, para 12 (doze) acadêmicas do curso de EF de uma universidade pública no Norte de Minas Gerais. Foi possível demonstrar que as mães-universitárias, participantes da pesquisa, possuem dificuldades em organizar sua tripla jornada, visto que não se sentem amparadas pela universidade e, em muitos casos, não possuem uma rede social de apoio. Concluímos que a necessidade do desenvolvimento de políticas de permanência dentro da instituição é urgente para que as mães-universitárias não somente permaneçam na mesma, concluam suas graduações e possam ainda construir expectativas a partir disso.Lorrane Martins LopesCarla Chagas Ramalho
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2024-03-072024-03-0716410411810.18224/mos.v16i4.12605CUIDADOS, ATIVISMO E GÊNERO: UM ESTUDO DE CASO E ALGUMAS DISCUSSÕES
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<p>Existe uma relação entre cuidados privados socialmente atribuídos às mulheres e ativismo ambiental? Essa pergunta é respondida inicialmente em relação ao estudo de caso de um coletivo de mulheres que se organizaram inicialmente como mães em busca de alimentação saudável e sustentável para seus filhos pequenos. Com base nesse caso, desenha-se a hipótese de que os cuidados com a família, atribuídos às mulheres, tem o potencial de despertá-las para o ativismo ambiental, em condições favoráveis; porém, esse mesmo cuidado coloca-se como uma barreira a mais para a permanência na participação na vida pública. Essas ideias são em seguida discutidas à luz de vertentes do pensamento ecofeminista, que relaciona o papel das mulheres de responsáveis pelo trabalho de reprodução da vida com seu interesse por um olhar de cuidado sobre o ambiente.</p>Giuliana Franco LealAmanda da Silva Batista Vitório
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2024-03-072024-03-0716411912610.18224/mos.v16i4.13529SEDUÇÃO, MATERNIDADE E CASAMENTO: O CASO DA JOVEM ANNA MARIA DE SOUZA (MARIANA, 1750)
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<p>O objetivo deste trabalho é entender, através de um processo-crime de defloramento, de 1750, na cidade de Mariana, Minas Gerais, alguns aspectos da situação da mulher seduzida e engravidada no período colonial. Acreditamos ser fundamental para o entendimento da maternidade nesse período, perceber a realidade de mulheres que se tornaram mães solteiras após promessas de casamento, tendo em vista que este era, justamente, um recurso da Igreja Católica para adestrar a população feminina. Ao trabalhar com uma fonte jurídica, procuramos observar como essa personagem feminina se apresentava e como foi julgada pelo aparato judicial. Procuramos estabelecer uma comparação entre os argumentos que ela evocava a seu favor e os levantados pelo seu adversário — no caso, o pai de seu filho — perante a justiça. Analisando detidamente o processo, buscamos compreender melhor quais eram os objetivos dessa mulher ao entrar na justiça e como se beneficiou com a resolução dessa contenda. </p>Beatriz Sales Dias
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2024-03-072024-03-0716412714110.18224/mos.v16i4.13526O QUE É SER MÃE? UMA ANÁLISE SOBRE O SENTIDO DA MATERNAGEM NO CONTO OLHOS D’ÁGUA
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<p>O objetivo desse estudo é analisar o conceito de maternagem à luz do Feminismo Negro, bem como compreender a maneira como aspectos coloniais ainda fazem parte da experiência maternal brasileira. Para tanto, conectaremos o conto <em>Olhos d’Água</em>, ganhador do Prêmio Jabuti, escrito pela autora contemporânea Conceição Evaristo. Esses pontos serão refletidos a partir de autoras/es negras e brasileiras – em sua maioria.</p>Lara Marcela Bertasso SilvaMaria Espírito Santo Rosa Cavalcante
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2024-03-072024-03-0716414215010.18224/mos.v16i4.13525MATERNIDADE OU MATERNAGEM: O LUGAR DA MULHER NO CUIDADO DO FILHO ATÍPICO
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<p style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;">Este artigo se insere em uma pesquisa que aborda a construção da maternidade de mães de indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Nosso objetivo é compreender o processo histórico e social do diagnóstico do TEA e relacioná-lo ao feminismo, aos estudos feministas das deficiências e ao estigma social. Buscamos refletir sobre as repercussões das múltiplas opressões na experiência dessas mães e mulheres que convivem com o TEA, bem como analisar como, ao longo dos anos, têm sido atribuídos às mulheres papéis de submissão na sociedade. Para tanto, realizamos uma revisão bibliográfica abrangente, explorando conceitos fundamentais, tais como maternidade, estudos feministas das deficiências e estigma social. Finalmente, considera-se que o estigma é um elemento presente de diversas maneiras nas experiências dessas mães, tendo como base ainda a reverberação do discurso da mãe geladeira, atrelado ao seu oposto, o da mãe especial, de modo que as necessidades que envolvem esse cuidado seguem negligenciadas.</span></p> <p style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"> </span></p>Maria Cristina Silva dos SantosMaria Luísa Magalhães NogueiraGabriela Brasil Mokarin
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2024-03-072024-03-07164151160DAS “QUEIXADAS” ÀS MILITANTES DE CLUBES DE MÃES: ÀS MULHERES COMO PROTAGONISTAS NOS MOVIMENTOS SOCIAIS DE PERUS
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<p>Este trabalho apresenta brevemente a história do distrito de Perus, zona noroeste da cidade de São Paulo, para demonstrar que, desde o surgimento dos movimentos sociais do território, as mulheres sempre estiveram presentes. Sua articulação teve início junto à luta dos trabalhadores da Companhia Brasileira de Cimento Portland Perus. Mesmo não tendo mulheres no quadro de funcionários da indústria, elas se fizeram presentes nas duas greves organizadas pelos trabalhadores, a de 1958 e a de 1962. Os grevistas e suas famílias receberam o apelido de “queixadas”, o qual adotaram como símbolo da não-violência ativa ou firmeza permanente. As mulheres foram protagonistas na greve de 1962, pois enquanto os familiares homens estavam em greve, elas sustentaram seus lares. A exemplo da luta das “queixadas” em 1970 eclode o número de clubes de mães em Perus, enquanto movimento social de base elas lutam por seus direitos.</p>Michele Pereira SousaArlene Martinez Ricoldi
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2024-03-072024-03-0716416117210.18224/mos.v16i4.13332CATIVEIRO DA MATERNIDADE, DISPOSITIVO E PEDAGOGIA DA MULHER-MÃE: REFLEXÕES INICIAIS
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<p>O presente trabalho visa refletir sobre a maternidade como espaço de aprisionamento das mulheres-mães, constituindo o que se postula como o cativeiro da maternidade. As instituições disciplinares a fim de manter as mulheres-mães cativas nesse espaço, funcionam como um dispositivo (FOUCAULT, 2004; 2014) da maternidade, vigiando e controlando comportamentos, atitudes e modos de subjetivação das mulheres-mães. Para tal, o dispositivo emprega estratégias de pedagogização, especialmente através da mídia. Desse modo, além de promover reflexões à luz das discussões de Lagarde (2005), Badinter (1985) e Gilligan (2013), o trabalho se utiliza de relato de experiência e de entrevistas em profundidade com mulheres-mães para, sob a ótica da epistemologia feminista, analisar a maternidade para além do determinismo biológico feminino. Como consequência disso, percebe-se que a mulher-mãe vivencia seu maternar e a maternagem a partir de subjetividades controladas e para atender o modelo ideal de maternidade e assim, ser legitimada como boa mãe.</p>Marcela Costa da Cunha Chacel
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2024-03-072024-03-0716417318910.18224/mos.v16i4.13537MATERNIDADE E FEMINISMOS: INTERSECÇÕES NECESSÁRIAS
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Thais Alves Marinho
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2024-03-072024-03-071641310.18224/mos.v16i4.13937MATERNIDADES, FEMINISMOS E RELAÇÕES DE GÊNERO: CONSTRUÇÕES DO PASSADO; QUESTÕES DO PRESENTE
https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/mosaico/article/view/13936
<p>O presente dossiê busca trabalhos que pensem nas relações estabelecidas pelas questões das maternidades, seus discursos históricos e as atuações dos feminismos, tanto no passado, quanto em seus impactos no mundo contemporâneo. É, portanto, uma proposta de intercâmbio interdisciplinar que agrega uma extensa pauta no que tange às noções das maternidades e dos feminismos. Os diversos feminismos contemporâneos, em especial os surgidos através das mídias digitais, entendem que a “maternidade”, agora entendida como ato plural de “fazer social” – e, embora seja uma questão importante para as mulheres nem sempre recebeu a atenção reflexiva pelos feminismos – e que apresenta uma série de demandas e debates ainda em voga na sociedade ocidental, com especial atenção para a latinidade, tais como: controle de natalidade; maternidade compulsória; papel social das mulheres; atuação no mercado de trabalho; amamentação; divisão de gênero nas relações de cuidado, e diversas outras que, urgentemente, ganham força e se apresentam com pautas diversificadas e apropriações discursivas que ganham especificidades próprias em diferentes contextos.</p> <p>A presença de múltiplos saberes, narrativas, linguagens e estudos acerca das questões que envolvem as relações de gênero, maternidades, discursos históricos e feminismos envolve um amplo debate sobre emoções, afetos, sexualidades, racialidades, etarismos, corpos(as), orientações sexuais, entre outros fatores, que uma vez naturalizada a função materna cada vez mais como sendo “função biológica da mulher”, foram retirados do cenário de debates públicos, obliterando lugares de fala e possibilidades de atuações políticas.</p> <p>Aberto à participação de pesquisadoras/es aos diversos aspectos possíveis dessa ampla temática, esse dossiê visa compreender ações e temporalidades dos discursos e seus impactos na história e no mundo contemporâneo, com políticas e culturas ainda muito marcadas pelas desigualdades de gênero, violências e assimetrias de vida na nossa sociedade.</p> <p>As novas topografias teóricas sobre maternidades e feminismos, realizadas desde final dos anos 90 que tem se aprofundado em diversas abordagens, possibilitam analisar tais temas, em especial na América Latina, através de uma série de marcadores sociais da diferença, tais como: raça, sexualidades, corpo, identidade de gênero e relações de poder, ampliando consideravelmente a potencialidade das categorias analíticas e das pesquisas realizadas, na construção de narrativas múltiplas e plurais, colaborando com a revisão de diferentes e áreas do conhecimento acadêmico e científico.</p> <p> </p>Ana Carolina Eiras Coelho SoaresVanessa Clemente Cardoso
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2024-03-072024-03-071644610.18224/mos.v16i4.13936IMIGRAÇÃO E COMÉRCIO EM MIRANDA, MATO GROSSO: ESTUDO DE CASO DO INVENTÁRIO DE ÂNGELO MARIA ANASTÁCIO (1878-1880)
https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/mosaico/article/view/13610
<p>Este artigo traz um estudo de caso: o inventário de Ângelo Maria Anastácio, imigrante italiano e comerciante, falecido em 1878, em Miranda, Mato Grosso. Para tal, tomo como referencial os debates e os pressupostos da micro-história para abordar a sua trajetória de vida, sobretudo o funcionamento da casa comercial Ângelo Maria Anastácio Companhia. O processo de inventariamento foi encerrado em 1880 e traz a arrecadação e o arrolamento dos bens da casa comercial e dos seus bens pessoais. Por ser uma fonte minuciosa, permite conhecer os produtos que eram vendidos, suas atividades econômicas, assim como os meandros da casa, do vestuário, do enxoval, dos móveis e dos utensílios, ou seja, um meio para adentrar em um universo mais amplo do final do século XIX. O objetivo é contribuir para os estudos sobre o contexto pós-Guerra do Paraguai no Sul de Mato Grosso, assim como sobre a imigração italiana.</p>Jérri Roberto MarinLuiz Mário de Souza Vital
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2024-03-072024-03-0716419020710.18224/mos.v16i4.13610HETEROSSEXUALIDADE COMPULSÓRIA E A FABRICAÇÃO DA LOUCURA FEMININA EM GOIÁS
https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/mosaico/article/view/13117
<p class="Default">Este texto busca mostrar como a <em>heterossexualidade compulsória</em> produz as formas de classificação da loucura feminina. Forjando uma sociedade heteronormativa, vem-se produzindo e solidificando historicamente saberes e poderes cuja finalidade é objetificar as vidas femininas e desviantes. O objetivo final do texto é mostrar como a sociedade constrói e espalha ideias de comportamento que, se não forem seguidos pelas mulheres, levam-nas ao internamento. Por meio tanto da pesquisa bibliográfica, da análise de fontes jornalísticas, fotos e do documentário <em>Passageiros da Segundo Classe</em>, que mostram representação das mulheres no Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho, de Goiânia, problematiza-se como historicamente as formas de classificação se espalham da Europa ao contexto regional. Finalmente, espera-se que esse texto seja mais contribuição para se estudar a história da loucura a partir da chave das relações de gênero.<strong></strong></p>Ronivaldo de Oliveira Rego Santos
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2024-03-072024-03-0716420823110.18224/mos.v16i4.13117ESTADO E REPRESSÃO: UM CONFRONTO ENTRE MARX E LÊNIN
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<p>O presente trabalho se propõe a problematizar a relação entre <em>Estado</em> e <em>política repressiva</em> a partir dos trabalhos selecionados de Karl Marx e Lênin. De Marx, os principais textos usados serão <em>A Guerra Civil na França</em> (2011a), <em>As Lutas de Classes na França</em> (2012) e <em>Os Despossuídos</em> (2017); de Lênin <em>O Estado e a Revolução</em> (2011)<em>, Sobre o Estado</em> (2019) e <em>Que fazer?</em> (1988). Outros textos dos autores também foram consultados e utilizados a fim de subsidiar a presente discussão. A escolha de escrutinar a teoria política do Estado no pensamento de Marx e Lênin se justifica tanto pela importância de pensar sistematicamente o Estado na sociedade capitalista, quanto pela confusão ou amplitude das definições que tais conceitos carregam a partir de diversas tradições e intérpretes inspirados nas teorias de Marx.</p>Lisandro Braga
Copyright (c) 2023 Lisandro Braga
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2024-03-072024-03-0716423224610.18224/mos.v16i4.13252EM BUSCA DA ÁFRICA NO BRASIL: O OLHAR ETNOGRÁFICO DE PIERRE VERGER SOBRE A SÃO LUÍS NEGRA
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<p>Este artigo propõe-se a analisar, com base no campo da Cultura Visual, a produção imagética do fotógrafo de origem francesa Pierre Verger. A análise recai sobre uma série de 6 imagens recortadas com base nas manifestações da cultura afro-brasileira existente na cidade de São Luís do Maranhão em 1948.</p> <p> </p>Alvaro Moreira do Rego Neto
Copyright (c) 2023 Alvaro Moreira do Rego Neto
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2024-03-072024-03-0716424726110.18224/mos.v16i4.13565TRAJETÓRIAS DE DIRETORAS ESCOLARES EM UBERLÂNDIA: ATRAVESSAMENTOS DE GÊNERO, CLASSE E POLÍTICA ELEITORAL
https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/mosaico/article/view/13503
<p style="font-weight: 400;">A partir de entrevistas semiestruturadas com oito diretoras de escolas da rede municipal de Ensino Fundamental I desenvolvemos uma discussão sobre a influência de questões de gênero e da política partidária local na gestão escolar da cidade de Uberlândia (MG). As entrevistas correspondem ao produto de uma pesquisa de campo que subsidiou uma dissertação de mestrado defendida em 2018, no Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal de Uberlândia, sobre o perfil profissional das diretoras. A metodologia utilizada para o tratamento das informações das entrevistas e questionários socioeconômicos foi a Análise de Conteúdo, de Laurence Bardin. Como referencial teórico para discutir questões de trabalho e gênero utilizamos as Relações Sociais de Sexo decorrentes da Divisão Sexual do Trabalho, ancoradas nos estudos de Helena Hirata e Danièle Kergoat. Também verificamos uma tensão relacionada à continuidade no cargo de gestão por parte das entrevistadas diretamente condicionada aos resultados de iminente pleito eleitoral no município. Nesse aspecto, retomamos a pesquisa para discorrer sobre as implicações políticas na gestão escolar em observação à legislação atual e o ranço histórico da ingerência da política partidária ainda não superado na educação brasileira. Ampliamos o escopo da análise sobre a configuração da gestão escolar em nível local no IV Seminário do Grupo de Pesquisa Educação de Mulheres nos séculos XIX e XX e II Encontro do Grupo de Pesquisa Arquivos Pessoais, Patrimônio e Educação, promovidos pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro em março de 2023, sendo possível verificar a publicação do resumo nos Anais do evento. Neste texto trazemos o fechamento dessa trajetória de estudos sobre a gestão escolar na rede municipal de ensino da cidade de Uberlândia (MG). </p>Priscila Muniz CoutinhoMaria Lúcia Vannuchi
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2024-03-072024-03-0716426227610.18224/mos.v16i4.13503AS MALHAS DE PODER NA AMAZÔNIA OITOCENTISTA: O ESFORÇO DE DOM MACEDO COSTA NA PROTEÇÃO DA HEGEMONIA CATÓLICA (1861-1880) NA PROVÍNCIA DO GRÃO-PARÁ
https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/mosaico/article/view/13275
<p>O contexto sócio-histórico-ideológico da província do Grão-Pará remodelou-se nos oitocentos, as malhas de poder operadas e influenciadas hegemonicamente pela igreja católica sofrera rupturas por conta de uma especifica zona de contato que se projetou na Amazônia via empresa missionária protestante, ideais liberais maçônicos ambos em confronto com o mando católico de Dom Macedo Costa, novos vetores de poder oriundos desses embates confeccionaram uma nova topografia de mando na região realocando fronteiras de influência. Um particular arranjo político-social-religioso apresentou-se na província em meados do século XIX, atravessado por inúmeros conflitos e disputas que não somente evidenciaram as marcações de poder, mas também o deslocaram, remanejando-o para outras bases hegemônicas. A nova configuração que se ampliava na Amazônia além de provocar fortes rupturas nas relações de poder, desintegrava de maneira gradual hegemonias consolidadas possibilitando outros <em>modus vivendi</em> na região, uma nova topografia do poder desenhou-se na Amazônia via zona de contato entre maçons liberais, empreendimento missionário protestante e os ideais ultramontano de Dom Macedo Costa.</p>Anderson Clayton Fonseca Tavares
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2024-03-072024-03-0716427729310.18224/mos.v16i4.13275IMPRENSA ILUSTRADA NO PARAGUAI DO FIM DO SÉCULO XIX: IMAGENS DA PÁTRIA NO EL LÁTIGO INMORTAL (1889-1892)
https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/mosaico/article/view/13324
<p>O presente artigo busca analisar como imagens e discursos, produzidos pelo periódico ilustrado satírico <em>El Látigo Inmortal</em> (1889-1892), repercutiram alguns dos principais debates políticos do Paraguai no final do século XIX. Seguindo os aportes metodológicos de Luca (2008), sobre a utilização da imprensa como fonte de pesquisa histórica e de Sandra Szir (2014; 2016) para discutir a importância da relação imagem e texto na imprensa ilustrada oitocentista, analisamos o uso da alegoria feminina da pátria em uma seleção de ilustrações publicadas pelo periódico. Essas ilustrações formularam representações e projetaram seus ideais sobre a nação, apresentando um alinhamento ideológico ao Partido Liberal, em constante oposição ao Partido Colorado. As imagens de representação da pátria, situam o partido Colorado como opressor, em contraposição aos supostos valores liberais defendidos pelo partido Liberal, registrando o início de uma história de disputa bipartidária que protagoniza o cenário político do Paraguai até hoje.</p>Rosangela de Jesus SilvaSuzana Franz Willers
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2024-03-072024-03-0716429431110.18224/mos.v16i4.13324