AMIZADE EM MEIO AO HOLOCAUSTO: AS MENINAS DO QUARTO 28

Conteúdo do artigo principal

Stéfani Oliveira Verona

Resumo

As narrativas do Holocausto (Shoah) devem ser frequentemente revisitadas para que as experiências das vítimas possam ser melhor entendidas. As memórias dos sobreviventes em relação com a História ajudam a perceber a multiplicidade das experiências, mesmo que as memórias das crianças ainda sejam pouco estudadas. Este artigo tem como objetivo entender a relação de amizade desenvolvida pelas meninas do quarto 28 em um dos abrigos do campo de concentração de Terezin, a partir dos relatos e lembranças de oito sobreviventes, entre as mais de cinquenta meninas que passaram pelo mesmo quarto. Busco relacionar o estudo da Memória com o vínculo de amizade entre elas e suas percepções sobre o que significava viver como prisioneiras. A união entre elas foi um mecanismo inconsciente de sobrevivência que as possibilitou se reencontrar depois de cinquenta anos para a construção do projeto Room 28 em tributo às crianças que não sobreviveram.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
VERONA, S. O. AMIZADE EM MEIO AO HOLOCAUSTO: AS MENINAS DO QUARTO 28. Revista Mosaico - Revista de História, Goiânia, Brasil, v. 15, n. 1, p. 168–182, 2022. DOI: 10.18224/mos.v15i1.9211. Disponível em: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/mosaico/article/view/9211. Acesso em: 28 mar. 2024.
Seção
Artigos de Dossiê
Biografia do Autor

Stéfani Oliveira Verona, Universidade Federal do Paraná

Mestranda em História pela Universidade Federal do Paraná na linha de Intersubjetividade e Pluralidade: reflexão e sentimento na História.

Referências

BRENNER, Hannelore. As meninas do quarto 28: amizade, esperança e sobrevivência em Theresienstadt. 1ªed. São Paulo: LeYa, 2014.

CANABARRO, Ivo; ZIMMERMANN, Rafael. Os campos de concentração nazistas em território polonês e a dinâmica de mortes em massa do Holocausto. VI Seminário Internacional de Direitos Humanos e Democracia. 2019. Disponível em <https://www.publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/direitoshumanosedemocracia/article/view/10650>

DIAS, Nathália Carolina. Entre a memória coletiva e a história da nação: a construção social da imagem do cachaceiro. Faces de Clio, v.1, n.1, 2015, p.123-149.

FERNANDES, Luciane Bonace Lopes. Pelos olhos da criança: concepções do universo concentracionário nos desenhos de Teresín. Tese de doutorado. Universidade de São Paulo, 2015. Faculdade de Educação.

GONDAR, Jô. Memória Individual, Memória Coletiva, Memória Social. Morpheus -Revista Eletrônica em Ciências Humanas. V.8, n.13, 2008, p.1-6.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Ed. Vértice/Revista

dos Tribunais, 1990.

HELLER, Barbara; PERAZZO, Priscila. Lembrar para esquecer: diários e memórias do Holocausto. Contracampo, Niterói, v. 35, n.1, p. 106-124, abr./jul., 2016.

KIRSCHBAUM, Saul. A autobiografia de Ruth Klüger: um depoimento tardio sobre o Holocausto. Revista Digital De Estudos Judaicos Da UFMG, Belo Horizonte, v.1, n.1, p.184–191, 2007.

LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas: Editora da UNICAMP, 1990.

LEVI, Primo. Os afogados e os sobreviventes. 1ªed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.