LYGIA CLARK E JUNG: A RELAÇÃO OBRA-ESPECTADOR E O PROCESSO CRIATIVO

Conteúdo do artigo principal

Luana Lopes Xavier
Nádia Maria Weber Santos

Resumo

O presente ensaio apresenta a relação obra-espectador na obra de Lygia Clark, artista brasileira contemporânea, à luz da Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço. Nos interessa aqui, desenvolver conceitos fundamentais da perspectiva junguiana relacionando-os à problemática fundamental, a saber, o processo criativo como encontro do inconsciente da artista com o inconsciente do espectador. Para tal, nos detemos à noção de arquétipo de Jung a fim de tratar do simbólico na arte pelo viés das Performances culturais, ressaltando o sonho, a criação e a perpetuação de imagens construídas pelo homem em toda a sua existência. Nesse sentido, Lygia Clark e Jung aproximam-se no texto mediante a ideia de processo criativo como ato terapêutico, correlacionando o inconsciente coletivo às imagens criadas pela artista, entre o inconsciente dela e daquele que vivencia a obra.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
XAVIER, L. L.; SANTOS, N. M. W. LYGIA CLARK E JUNG: A RELAÇÃO OBRA-ESPECTADOR E O PROCESSO CRIATIVO. Revista Mosaico - Revista de História, Goiânia, Brasil, v. 13, p. 13–20, 2020. DOI: 10.18224/mos.v13i0.7537. Disponível em: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/mosaico/article/view/7537. Acesso em: 29 mar. 2024.
Seção
Artigos de Dossiê
Biografia do Autor

Luana Lopes Xavier, Universidade Federal de Goiás

Doutoranda em Performances culturais (UFG), bacharel e mestre em Filosofia (UFG). Nádia Maria Weber Santos: Doutora em História (UFRGS). Médica, psiquiatra junguiana desde 1986. Bolsista de produtividade em Pesquisa do CNPq. Professora do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Performances Culturais (UFG).

Nádia Maria Weber Santos, Universidade Federal de Goiás

Doutora em História (UFRGS). Médica, psiquiatra junguiana desde 1986. Bolsista de produtividade em Pesquisa do CNPq. Professora do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Performances Culturais (UFG). Universidade Federal de Goiás.

Referências

BORTOLON, Flavia Jakemiu Araujo. A nostalgia do corpo: a construção do corpo na obra de Lygia Clark. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil, 2015. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/39875/R%20-%20D%20-%20FLAVIA%20JAKEMIU%20ARAUJO%20BORTOLON.pdf?sequence=2&isAllowed=y. Acesso em: 15 jan. 2020.

CLARK, Lygia. Arte Brasileira Contemporânea. Rio de Janeiro: FUNARTE, 1980.

CLARK, Lygia. A propósito da magia do objeto, 1965. Estamos domesticados? 1964. In: Associação cultural Mundo de Lygia.

JUNG, Carl Gustav. O Homem e seus Símbolos. Tradução: Maria Lúcia Pinho. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.

JUNG, Carl Gustav. A natureza da psique. Tradução: Pe. Dom Mateus Ramalho Rocha. 5. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2000.

JUNG, Carl Gustav. O espírito na arte e na ciência. Petrópolis: Editora Vozes, 1985.

OTTO, Cinthia Elizabet. Lygia Clark e a Arte-Terapia: A Arte pela Arte. Artigo desenvolvido como prática reflexiva no Programa de Formação Continuada com ênfase em Arte Terapia. Faculdades Itecne, Cascavel, Pr, Brasil. 2009-2010.

PEDROSA, Mário. Mundo, homem, arte em crise. 2. ed. São Paulo: Editora Perspectiva, 1986.

SANTOS, Nádia Maria Weber. Imagem do sentido: psicologia analítica e arteterapia, uma relação fértil. In: Terapias expressivas ou arteterapia: vivências através da arte, Orgs: BLAUTH, Lurdi; WOSIACK, Raquel Maria Rossi. Novo Hamburgo: Feevale Editora, 2006. p. 35-46.

SANTOS, Nádia Maria Weber. Arte, loucura e instinto criativo: incursões na psicologia analítica. In: LURDI, Blauth; WOZIACK, Raquel (org.). Arte e Psicologia: intervenções possíveis. 1. ed. Novo Hamburgo: Editora da Feevale, 2007. p. 9-22.

SCHECHNER, Richard. Performance theory. Routledge Classics, 2003.