FÉ E FESTIVIDADES NAS IRMANDADES NEGRAS NO INTERIOR DO BRASIL: (RE)AFIRMAÇÃO IDENTITÁRIA AFRODIASPÓRICA

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Rosinalda Côrrea da Silva Simoni
Noeci Carvalho Messias

Resumo

O presente texto é extraído de pesquisas realizadas pelas autoras durante seus respectivos doutorados em História, pela Universidade Federal de Goiás, Religiosidade e devoção: as festas do Divino e do Rosário em Monte do Carmo e em Natividade, Tocantins, 2010, Noeci Carvalho Messias, e em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, intitulada Congada da Vila João Vaz em Goiânia: memória e tradição, 2017, Rosinalda C. da Silva Simoni. Nas pesquisas buscamos compreender a complexidade das irmandades negras e a riqueza de seus rituais festivos, dentre eles a congada. Refletindo sobre o papel desta manifestação religiosa enquanto norteadora social e palco de resistência étnica cultural e religiosa. Neste artigo buscamos mostrar parte da pesquisa que compôs as duas teses citadas. Entrelaçando o contexto histórico do nascimento e perpetuação dessa manifestação e a importância religiosa para seus praticantes; apontando a mesma como uma manifestação religiosa de re(afirmação) identitária afrodiaspórica.

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Como Citar
SILVA SIMONI, R. C. da; MESSIAS, N. C. FÉ E FESTIVIDADES NAS IRMANDADES NEGRAS NO INTERIOR DO BRASIL: (RE)AFIRMAÇÃO IDENTITÁRIA AFRODIASPÓRICA. Revista Mosaico - Revista de História, Goiânia, Brasil, v. 12, n. 1, p. 303–314, 2019. DOI: 10.18224/mos.v12i1.7330. Disponível em: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/mosaico/article/view/7330. Acesso em: 29 mar. 2024.
Seção
Artigos de Dossiê
Biografia do Autor

Rosinalda Côrrea da Silva Simoni, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Possui graduação em História pela Universidade Estadual de Goiás - UnU - Goiás, Mestrado em Gestão do Patrimônio Cultural com área de concentração em arqueologia pela Universidade Católica de Goiás e doutorado em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás, 2017). Atualmente é Professora Convidada de História e Estudos Culturais na PUC Goiás. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia das Populações Afro-Brasileiras, atuando principalmente nos seguintes temas: educação patrimonial, arqueologia, educação, arqueologia publica e identidade. Integrante do Grupo de Mulheres Negras Malunga e da Articulação de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), Diretora Fundadora da empresa Tekohá Pesquisas Patrimoniais.

Noeci Carvalho Messias, Universidade Federal do Tocantins

É doutora em História pela Universidade Federal de Goiás (2010). Possui mestrado em Gestão do Patrimonio Cultural (Área de concentração em Antropologia) pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2004). Especialização em Cultura Afro-Brasileira. Graduação em História (Licenciatura) e em Serviço Social (Bacharelado). Tem experiência na área de Antropologia e pesquisa de campo atuando principalmente nos seguintes temas: Educação patrimonial e ambiental, patrimônio cultural, gestão de cidades, Movimentos Sociais, religiosidade e festas populares. Atuou e desenvolveu pesquisa com os povos indígenas das etnias Krahô, Karajá e Javaé, no Estado do Tocantins. Atuou como pesquisadora no Projeto para Aplicação do Inventário Nacional de Referências Culturais do IPHAN, no município de Natividade, TO. É professora adjunto I, no curso de Turismo Patrimonial e Socioambiental, na Universidade Federal do Tocantins (UFT).

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