PARA COZINHAR...: AS PANELAS DA CERÂMICA PAULISTA

Conteúdo do artigo principal

Francisco Silva Noelli
Marianne Sallum

Resumo

A panela da Cerâmica Paulista foi produzida e preservada por mulheres durante cinco séculos, como uma opção significativa de transmissão do conhecimento e autonomia. Trata-se de uma manifestação criada e transformada por diferentes mulheres que conectaram conhecimentos e ontologias de tempos e lugares diferentes. Os elementos para a sua definição são apresentados, aplicando alguns fundamentos do método desenvolvido por José Brochado para investigar morfologia e função, visando estabelecer parâmetros métricos para reconstrução gráfica do perfil a partir de fragmentos de vasilhas cerâmicas. Foram analisados os atributos de 71 peças, incluindo inteiras e semi-inteiras, além de fotos, desenhos e croquis publicados. A conclusão é que a maioria das panelas encontradas no sudeste de São Paulo e nordeste do Paraná não são cópias, mas variações morfológicas de uma forma elipsoidal restringida. Tanto a morfologia, como os tratamentos de superfície, sugerem que a Cerâmica Paulista resultou da transformação de tecnologias da cerâmica comum portuguesa pelas mulheres Tupiniquim e, posteriormente, por outras pessoas, articulando continuamente elementos e ressignificando as
práticas, o que permitiu a sua persistência até o presente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
NOELLI, F. S.; SALLUM, M. PARA COZINHAR...: AS PANELAS DA CERÂMICA PAULISTA. Revista Habitus - Revista do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia, Goiânia, Brasil, v. 18, n. 2, p. 501–538, 2021. DOI: 10.18224/hab.v18i2.8436. Disponível em: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/habitus/article/view/8436. Acesso em: 29 mar. 2024.
Seção
Dossiê / Dossier
Biografia do Autor

Francisco Silva Noelli, Centro de Arqueologia (UNIARQ) Universidade de Lisboa

Doutorando em Arqueologia e Pesquisador no Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa (Uniarq), Portugal.

Marianne Sallum, Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo/Pós-doutoranda

Pós-doutoranda, bolsista FAPESP no Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas em Evolução, Cultura e Meio Ambiente (Levoc) do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP), Brasil. Pesquisadora no Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa (Uniarq), Portugal.

Referências

AMARAL, A. O Dialeto Caipira. 3. ed. São Paulo: HUCITEC/Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia, 1976.

ANCHIETA, J. de. Arte de Gramática da Lingoa mais Vsada na Costa do Brasil. Coimbra: António de Mariz, 1595.

ARAUJO, S. Conhecer para preservar: arqueologia e inclusão social na bacia do Paranapanema superior. Sâo Paulo: Universidade de São Paulo, 2012.

BELTRAME, M. et al. Comparative pottery technology between the Middle Ages and Modern times (Santarém, Portugal). Archaeological and Anthropological Sciences, v. 12, n. 130, 2020.

BLUTEAU, R. Vocabulario portuguez & latino: aulico, anatomico, architectonico ... Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesus, 1712.

BRAGDON, K. The Pragmatics of Language Learning: Graphic Pluralism on Martha’s Vineyard, 1660-1720. Ethnohistory, v. 57, n. 1, 2010.

BROCHADO, J. Alimentação na Floresta Tropical. Porto Alegre: IFCH-UFRGS, 1977.

BROCHADO, J. A tradição cerâmica Tupiguarani na América do Sul. Clio, Revista de Pesquisa Histórica, v. 3, n. 1, 1980.

BROCHADO, J. An ecological model of the spread of pottery and agriculture into Eastern South America. Urbana-Champaign: University of Illinois, 1984.

BROCHADO, J. What did the Tupinamba Cook in their Vessels? A Humble Contribution to Ethnographic Analogy. Revista de Arqueologia, v. 6, p. 40-88, 1991a.

BROCHADO, J. Um modelo de difusão da cerâmica e da agricultura no leste da América do Sul. CLIO, Anais do I Simpósio de Pré-história do Nordeste Brasileiro, v. série arqu, n. 4, p. 85-88, 1991b.

BROCHADO, J.; MONTICELLI, G. Regras práticas na reconstrução gráfica das vasilhas de cerâmica Guarani a partir dos fragmentos. Estudos Ibero-Americanos - PUCRS, p. 107-118, 1994.

BROCHADO, J.; MONTICELLI, G.; NEUMANN, E. S. Analogia Etnográfica na reconstrução gráfica das Vasilhas Guarani Arqueológicas. Véritas, v. 35, n. 140, p. 727-743, 1990.

BUGALHÃO, J.; COELHO, I. Cerâmica Moderna de Lisboa: proposta tipológica. I Encontro de Arqueologia de Lisboa: Uma Cidade em Escavação. Anais...Lisboa: Imprensa Municipal/Câmara Municipal, 2017. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/324797795_Ceramica_Moderna_de_Lisboa_proposta_tipologica. Acesso em: 15 maio 2020.

CABRAL, A. S. et al. A linguística histórica das línguas indígenas do Brasil, por Aryon Dall’igna Rodrigues: perspectivas, modelos teóricos e achados. DELTA, v. 30, p. 513-542, 2014.

CALI, P. Plano de Manejo das Unidades de Conservação do Mosaico Juréia-Itatins. Parte I: Diagnóstico do Patrimônio Cultural. Campinas: [s.n.].

CALI, P. Programa de monitoramento e gestão do patrimônio arqueológico nas áreas do sistema de ssgotamento sanitário no bairro Ruínas, município de Peruíbe-SP. São J. dos Campos:Gestão Arqueológica Consultoria: [s.n.].

CALI, P. Roteiros do Patrimônio Histórico e Arqueológico de Peruíbe. São José dos Campos: [s.n.].

CARDIM, F. Tratado da terra e gente do Brasil. São Paulo: Cia Editora Nacional, 1937.

CASIMIRO, T.; NEWSTEAD, S. 400 Years of water consumption: early modern pottery cups from Portugal. Ophiussa, v. 3, p. 145-154, 2019.

CHMYZ, I. Arqueologia de Curitiba. Boletim Informativo da Casa Romário Martins, v. 21, n. 105, p. 5-54, 1995.

CHMYZ, I. et al. Diagnóstico arqueológico, histórico e ambiental na área do sítio PR-TI-9: Fazenda Capão Alto, município de Castro, Estado do Paraná - Relatório final. Curitiba: [s.n.].

CIPOLLA, C. N. Peopling the Place, Placing the People: An Archaeology of Brothertown Discourse. Ethnohistory, v. 59, n. 1, p. 51-78, 2012.

COMERLATO, F. Análise Espacial das Armações Catarinenses e suas Estruturas Remanescentes: um estudo através da arqueologia histórica. Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica - PUCRS, 1998.

CORRÊA, Â. Pindorama de mboîa e îakaré. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2014.

CORREIA, P. Carta ao P. Simão Rodrigues. São Vicente 10 de março de 1555. Monumenta Brasilie. [s.l: s.n.]. p. 433-448.

CUNHA, M. DA C.; CASTRO, E. V. Vingança e temporalidade: os Tupinambá. Journal de la Société des Américanistes, v. 71, n. 1, p. 191-208, 1985.

D’ABBEVILLE, C. Histoire de la mission des pères Capucins en l’Isle de Maragnan et terres circonvoisines. Paris: F. Huby, 1614.

DÓRIA, C. A.; BASTOS, M. C. A culinária caipira da Paulistânia. São Paulo: Três Estrelas, 2018.

DRING, K. S.; SILLIMAN, S. W.; GAMBRELL, N.; SEBASTIN, S; SIDBERRY, R. S. Authoring and Authority in Eastern Pequot Community Heritage and Archaeology. Journal of the World Archaeological Congress, v. 15, n. 3, p. 352-370, 2019.

FELD, S.; BASSO, K. Introduction. In: In Senses of Place. Santa Fe: School of American Research, 1996. p. 3-12.

FERNANDES, I. A loiça preta em Portugal: Estudo histórico, modos de fazer e de usar. Minho: Universidade do Minho, 2012.

FERNANDES, R. P.; BANDEIRA, D. R. A coleção etnográfica de cerâmicas caseiras de Guilherme Tiburtius – cultura material e história da região de Araucária (PR). Revista Confluências Culturais, v. 9, n. 1, p. 104-116, 2020.

FERRARO, A. R. Alfabetização Rural no Brasil na Perspectiva das Relações Campo-Cidade e de Gênero. Educação & Realidade, v. 37, n. 3, p. 946-967, 2012.

FLORENCE, H. Viagem fluvial do Tietê ao Amazonas: 1825 a 1829. Brasília: Senado Nacioanal, 2007.

FOUCAULT, M. Qu’est-ce que la critique? Critique et Aufklärung. Bulletin de la Societé Française de Philosophie, v. 84, n. 2, p. 35-63, 1990.

GARCIA, E. F. O projeto pombalino de imposição da língua portuguesa aos índios e a sua aplicação na América meridional. Tempo, v. 12, n. 23, p. 23-38, 2007.

GARCIA, R. A entoação do dialeto caipira do Médio Tietê: reconhecimento, características e formação. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2015.

GERNET, M. V.; BIRCKOLZ, C. J.; SANTOS, E. V. Arqueologia histórica na região da Ponta do Poço, município de Pontal do Paraná, Paraná: estudo de um sítio arqueológico por métodos não interventivos. Caminhos de Geografia (UFU), v. 13, n. 75-88, 2012.

GOLDMAN, M. Contradiscursos Afroindígenas sobre Mistura, Sincretismo e Mestiçagem Estudos Etnográficos. Revista de Antropologia da UFScar, v. 9, n. 2, p. 11-20, 2017.

HAMILAKIS, Y. Archaeology and the Senses: Human Experience, Memory, and Affect. Cambridge: Cambridge University Press, 2013.

HAYES, K. Occulting the past. Conceptualizing forgetting in the history and archaeology of Sylvester Manor. Archaeological Dialogues, v. 18, n. 2, p. 197-221, 2011.

HERBERTS, A. L.; LAVINA, R. Arqueologia de uma lixeira: o sítio arqueológico Rocio Grande II. In: Patrimônio Cultural de São Francisco do Sul a partir da pesquisa em Arqueologia Histórica. Editora UN ed. Joinville: [s.n.]. p. 122-144.

HORA, J. et al. Unveiling Regional Archaeological Heritage, Historical Archaeology at Vale do Ribeira: The Case of Sobrado dos Toledos, Iguape-São Paulo. International Journal of Historical Archaeology, 2020.

JOYCE, R.; LOPIPARO, J. PostScript: Doing Agency in Archaeology. Journal of Archaeological Method and Theory, v. 2, n. 4, p. 365-374, 2005.

KRONE, R. lnformações ethnographicas do valle do rio Ribeira de lguape. Commissão Geographica e Geologica do Estado de S. Paulo: Exploração do rio Ribeira de lguape, p. 23-24, 1908.

LA SALVIA, F.; BROCHADO, J. Cerâmica Guarani. Porto Alegre: Posenato Arte e Cultura, 1989.

LAGROU, E. No caminho da miçanga: um mundo que se faz de contas. Catalogo Museu do Índio (Rio de Janeiro, RJ), p. 10-15, 2016.

LEITE, F. A Língua Geral Paulista e o “Vocabulário Elementar da Língua Geral Brasílica”. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2013.

LEITE, S. História da Companhia de Jesus no Brasil. [s.l: s.n.]. v. 1

LEITE, S. Leonardo do Vale, autor do primeiro Vocabulário na Língua Brasílica. A Gazeta, Autores & Livros, v. 9, n. 11, p. 128, 1948.

LEMLE, M. Internal classification of the Tupi-Guarani linguistic family. [s.l.] Institute of Linguistics Tupi Studies I, 1971.

MAGNANI, C. et al. Panela de Barro, água de Batata, Linha de Embaúba: práticas xamânicas das mulheres tikm?’?n-maxakali. Cadernos de Campo, v. 29, n. 1, p. 262-81, 2020.

MAGRINI, A. Lá no Alto, o barro é encantado: a cerâmica do Alto Vale do Ribeira - SP. São Paulo: Universidade Estadual Paulista (UNESP), 2019.

MANFRINI, M., R. Cacos fragmentados em uma sociedade conectada: produção e distribuição de cerâmica utilitária na São Paulo colonial. São Paulo: Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. 2020.

MATHIESON, L. C. O recenseamento escolar de 1920 na imprensa paulista: uma campanha cívica de combate ao analfabetismo. Educação e Pesquisa, v. 44, 2018.

MATOS, M. Organização e história dos Manxineru do alto rio Iaco. [s.l.] Universidade Federal de Santa Catarina, 2018.

MENESES, A. de S. Carta ao Rei, pedindo-lhe que o provimento de párocos para as igrejas da Repartição do Sul recaísse em padres que soubessem a língua geral dos índios. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, n. 18, p. 354, 1914.

MÉTRAUX, A. La civilisation mate?rielle des tribus Tupi-Guarani. Paris: Librairie Orientaliste Paul Geuthner, 1928.

MONTERO, P. Selvagens, civilizados, autênticos: a produção das diferenças nas etnografias salesianas (1920-1970). São Paulo: EDUSP, 2012.

MONTOYA, A. R. Vocabulario de la lengua Guaraní. Asunción: CEPAG, 2002.

MONTOYA, A. R. Tesoro de la lengua Guaraní. Asunción: CEPAG, 2011.

MORAIS, J. L.; PIEDADE, S. C.; MAXIMINO, E. P. B. Arqueologia da terra brasilis: o engenho São Jorge dos Erasmos, na capitania de São Vicente. Revista de Arqueología Americana, v. 23, p. 349-384. 2004/2005.

MROZOWSKI, S.; GOULD, R.; PEZZAROSSI, H. L. Rethinking Colonialism: Indigenous Innovation and Colonial Inevitability. In: HAYES, C. N. C.; AND, K. H. (ed.). Rethinking Colonialism: Comparative Archaeological Approaches. Gainesville: University Press of Florida, 2015. p. 121-142.

MUNSBERG, S. E. R. Dos seiscentos aos oitocentos: estudo da variabilidade estilística da cerâmica durante os processos de construção e reconfiguração das identidades paulistanas. Belo Horinzonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2018.

NOELLI, F. S. José Proenza Brochado: vida acadêmica e Arqueologia Tupi. In: PROUS, A.; LIMA, T. DE A. (eds.). Os ceramistas Tupiguarani. Belo Horizonte: Sigma/Sociedade de Arqueologia Brasileira/IPHAN, 2008. p. 17-47.

NOELLI, F. S.; BROCHADO, J.; CORRÊA, Â. A linguagem da cerâmica Guaraní: sobre a persistência das práticas e materialidade (parte 1). Revista Brasileira De Linguística Antropológica, v. 10, n. 2, p. 167-200, 2018.

NOELLI, F. S.; SALLUM, M. A cerâmica paulista: cinco séculos de persistência de práticas Tupiniquim em São Paulo e Paraná, Brasil. Mana: Estudos de Antropologia Social, v. 25, n. 3, p. 701-742, 2019.

NOELLI, Francisco. S.; SALLUM, Marianne. Comunidades de mulheres ceramistas e a longa trajetória de itinerância da cerâmica paulista. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, v. 34, p. 132-153, 2020.

OLIVEIRA, J. J. M. Vocabulário Elementar da Língua Geral Brasílica. Revista do Arquivo Municipal, n. 25, p. 129-174, 1936.

PANICH, L. M. Narratives of Persistence Indigenous Negotiations of Colonialism in Alta and Baja California. Tucson: The University of Arizona Press, 2020.

PANICH, L. M.; ALLEN, R.; GALVAN, A. The Archaeology of Native American Persistence at Mission San José. Journal of California and Great Basin Anthropology, v. 38, n. 1, p. 11-29, 2018.

PEREIRA, J. A cerâmica popular da Bahia. Salvador: Aguiar e Souza Ltda, 1957.

PERRONE-MOISÉS, B. Aldeados, aliados, inimigos e escravos: lugares dos índios na legislação portuguesa para o Brasil. (Fundação C.Gulbenkian, Ed.)Luso-Brasileiro "Portugal-Brasil: memórias e imaginários. Anais... Lisboa: 1999.

RICE, P. Pottery analysis: a sourcebook. Chicago: University of Chicago Press, 2015.

RIZVI, U. Archaeological Encounters: The Role of the Speculative in Decolonial Archaeology. Journal of Contemporary Archaeology, v. 6.1, p. 154-167, 2019.

ROBRAHN-GONZÁLEZ, E. et al. Paisagens Culturais da Baía de Santos. São Paulo: Documento, 2016.

RODRIGUES, A. R. A classificação do tronco lingüístico Tupí. Revista de Antropologia, v. 12, n. 1/2, p. 99-104, 1964.

RODRIGUES, A. R. Relações internas na família lingüística Tupí-Guaraní. Revista de Antropologia, v. 27-28, p. 33-53, 1985.

RODRIGUES, A. R. As línguas gerais sul-americanas. Papia – Revista brasileira de estudos do contato linguístico, v. 42, n. 2, p. 6-18, 1996.

RODRIGUES, A. R. As vogais orais do Proto-Tupí. In: RODRIGUES, A.; CABRAL, A. S. A. (eds.). Novos estudos sobre línguas indígenas. Brasília: Universidade de Brasilia, 2005. p. 35-46.

RODRIGUES, A. R. As consoantes do Proto-Tupí. In: CABRAL, A. S. A.; RODRIGUES, A. (eds.). Línguas e culturas Tupí. Campinas: Curt Nimuendajú, 2007. p. 167-203.

RODRIGUES, A. R. Linguistic Reconstruction of Elements of Prehistoric Tupi Culture. In: CARLIN, E. B.; KERKE, S. Van da (eds.). Linguistics and Archaeology in the Americas: The Historization of Language and Society. Leiden: Brill, 2010. p. 1-10.

RODRIGUES, A.; CABRAL, A. S. Tupían. In: CAMPBELL, L.; GRONDONA, V. (eds.). The indigenous languages of South America. BerlinBoston: Mouton de Gruyter, 2012. p. 495-574.

RODRIGUES, A. R.; CASPAR, F. Esboço da Gramática da Língua Tuparí. Brasília: LALLI-IL-UnB, 2017.

RODRIGUES, J. H. A vitória da língua portuguesa no Brasil colonial. Humanidades, v. 1, n. 4, p. 22-41, 1983.

ROUSE, I. The Classification of Artifacts in Archaeology. American Antiquity, v. 25, n. 3, p. 313-23, 1960.

SAINT-HILAIRE, A. Voyage dans les provinces de Saint-Paul et de Sainte-Catherine, Vol. 1. Paris: Arthus Bertrand Libraire-Éditeur, 1851.

SALLUM, M. Colonialismo e ocupação tupiniquim no litoral sul de São Paulo: uma história de persistência e prática cerâmica. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2018.

SALLUM, M.; NOELLI, F. S. A pleasurable job… Communities of women ceramicists and the long path of Paulistaware in São Paulo. Journal of Anthropological Archaeology, v. 61, 2021.

SALLUM, M.; NOELLI, F. S. An Archaeology of Colonialism and the Persistence of Women Potters’ Practices in Brazil: From Tupiniquim to Paulistaware. International Journal of Historical Archaeology, v. 24, n. 3, p. 546–570, 2020.

SHERIDAN, K. A century of ceramics: a study of household practices on the Eastern Pequot reservation. Dissertação (Mestrado) - University of Massachusetts, Boston, 2018.

SCHEUER, H. L. Estudo de um núcleo de cerâmica popular. Curitiba: Arquivos do Museu Paranaense 1, 1967.

SCHEUER, H. L. Estudo da cerâmica popular do Estado de São Paulo. São Paulo: Conselho Estadual de Cultura, 1976.

SCHEUER, H. L. A Tradição da Cerâmica Popular. São Paulo: Escola de FolcloreEditora Livramento, 1982.

SILLIMAN, S. Change and Continuity, Practice and Memory: Native American persistence in colonial New England. American Antiquity, v. 74, n. 2, p. 211-230, 2009.

SILLIMAN, S. Colonialism in Historical Archaeology. In: ORSER, C. E. et al. (eds.). Handbook of Global Historical Archaeology. London: The Routledge, 2020.

SILVA, P. A compra da coleção Guilherme Tiburtius por Joinville: uma coleção arqueológica na cidade “germânica”. [s.l.] UNIVILLE, 2017.

STADEN, H. Warhaftige Historia und beschreibung eyner Landtschafft der Wilden Nacketen, Grimmigen Menschfresser-Leuthen in der Newenwelt America gelegen. Marpurg: Andreas Kolbe, 1557.

STAHL, A. B. “Route Work” through Alternative Archives: Reflections on Cross Disciplinary Practice. South African Historical Journal, v. 62, n. 2, p. 252-267, 2010.

SZTUTMAN, R. O profeta e o principal: a ação política ameríndia e seus personagens. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2005.

TIBURTIUS, G. Altere Hauskeramik aus der Umgebung von Curitiba , Paraná , Südbrasilien. Anthropos, v. 63/64, n. 1/2, p. 49-74, 1968.

VIEIRA, A. Voto sobre as dúvidas dos moradores de São Paulo acerca da administração dos índios. Salvador, 12 de julho de 1694. In: Vozes saudosas... Lisboa: Officina de Miguel Rodrigues, 1756. p. 141-166.

VLB. Vocabulário da Lingua Brasílica V.2. São Paulo: FFLCH/USP: [s.n.].

VLB. Vocabulário da Lingua Brasílica V.1. São Paulo: FFLCH/USP: [s.n.].

WALDECK, G. De “luta do barro”, “isso do barro”, “nesse serviço” à cerâmica de Apiaí. Textos escolhidos de cultura e arte populares, v. 11, n. 1, p. 107-128, 2014.

ZANETTINI, P. Maloqueiros e seus Palácios de Barro: o Cotidiano Doméstico na Casa Bandeirista. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2005.

ZANETTINI, P.; WICHERS, C. M. A cerâmica de produção local/ regional em São Paulo colonial. In: MORALES, W.; MOI, F. (eds.). Cenários regionais em arqueologia brasileira. São Paulo: Annablume, 2009. p. 311-334.

ZEQUINI, A. Arqueologia de uma fábrica de ferro: morro de Araçoiaba séculos XVI-XVIII. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2006.