RETOMANDO A PRIMEIRA COLEÇÃO ARQUEOLÓGICA DO MUSEU ANTROPOLÓGICO/UFG, O SÍTIO CACHOEIRA (GO-Ca.1) E ALGUMAS HISTÓRIAS ADORMECIDAS

Conteúdo do artigo principal

Diego Teixeira Mendes
Tatyana Beltrão de Oliveira
Natália Dutra Costa
Manuelina Maria Duarte Cândido

Resumo

Na presente pesquisa retomamos a primeira coleção arqueológico do Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás, relacionada ao curso ministrado por Igor Chmyz, em 1972, visando a formação de pesquisadores em arqueologia deste museu. Buscamos investigar questões relacionados à história da arqueologia no Estado de Goiás e as práticas arqueológicas efetuados durante as etapas de campo no sítio arqueológico Cachoeira (GO.Ca-01), localizado no município de Orizona/GO. na pesquisa original. Consideramos que as práticas calcadas em relações informante/arqueólogo aprofundam a estratigrafia do abandono proposto por Bruno (2014) para os acervos arqueológicos brasileiros.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
MENDES, D. T.; DE OLIVEIRA, T. B.; COSTA, N. D.; CÂNDIDO, M. M. D. RETOMANDO A PRIMEIRA COLEÇÃO ARQUEOLÓGICA DO MUSEU ANTROPOLÓGICO/UFG, O SÍTIO CACHOEIRA (GO-Ca.1) E ALGUMAS HISTÓRIAS ADORMECIDAS. Revista Habitus - Revista do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia, Goiânia, Brasil, v. 17, n. 1, p. 125–150, 2019. DOI: 10.18224/hab.v17i1.7110. Disponível em: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/habitus/article/view/7110. Acesso em: 28 mar. 2024.
Seção
Dossiê / Dossier
Biografia do Autor

Diego Teixeira Mendes, UFG

Arqueólogo – Museu Antropológico/UFG.

Tatyana Beltrão de Oliveira, UFG

Educadora e Turismóloga – Museu Antropológico/UFG.

Natália Dutra Costa, UFG

Historiadora – Museu Antropológico/UFG.

Manuelina Maria Duarte Cândido, Université de Liége / PPGAS-UFG

Professora e Museóloga – Université de Liége (PPGAS-UFG).

Referências

ALVES, Márcia Angelina. Culturas ceramistas de São Paulo e Minas Gerais - estudo tecnotipológico. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 71-96, 1991.

ALVES, Márcia Angelina. As estruturas arqueológicas do Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro - Minas Gerais. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, São Paulo, n. 2, p. 27-47, 1992.

ALVES, Márcia Angelina. A Arqueologia no Extremo Oeste de Minas Gerais. Revista Espinhaço UFVJM, [S.l.], p. 96-117, mar. 2017. Disponível em: http://revistaespinhaco.com/index.php/journal/article/view/30. Acesso em: 10 jun. 2019.

AMADO, Janaína. Região, sertão e nação. Revista Estudos Históricos, Rio de Janeiro v. 8, n. 15, p. 145-152, 1995.

ATAÍDES, Jezus Marco de. Sob o signo da violência: colonizadores e Kaiapó do Sul no Brasil Central. Goiânia: Editora UCG, 1998.

BARRETO, Cristiana. Arqueologia brasileira: uma perspectiva histórica e comparada. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia. Suplemento, São Paulo, n. supl. 3, p. 201-212, 1999.

BARRETO, Cristina. A construção de um passado pré-colonial: Uma breve história da Arqueologia no Brasil. Revista USP, São Paulo, n. 44, p. 32-51, dez./fev., 1999-2000.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. 1. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.

BESPALEZ, Eduardo. Arqueologia e história indígena no Pantanal. Estudos Avançados (USP), São Paulo, v. 29, n. 83, p. 45-86, 2015.

BEZERRA, Marcia. O público e o patrimônio arqueológico: reflexões para a arqueologia pública no Brasil. Revista Habitus, Goiânia, v. 1, n. 2, p. 275-296, 2003.

BEZERRA, Marcia. Sempre quando passa alguma coisa, deixa rastro. Revista de Arqueologia, v. 24, n. 2, p. 74-85, 2011a.

BEZERRA, Marcia. As moedas dos Índios: um estudo de caso sobre os significados do património arqueológico para os moradores da Vila de Joanes, Ilha de Marajó, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, v. 6, p. 57-70, 2011b.

BEZERRA, Marcia. Teto e afeto: sobre as pessoas, as coisas e a arqueologia na Amazônia. Belém: GKNoronha, 2017.

BOAS, Franz. The history of anthropology. Science, v. 20, n. 512, p. 513-524, 1904.

BRUNO, Maria Cristina O. Musealização da arqueologia: caminhos percorridos. In: Revista de Arqueologia (Sociedade de Arqueologia Brasileira. Impresso), v. 26-27, p. 16-39, 2014.

BRUNO, Maria Cristina O. Musealização da arqueologia: um estudo de modelos para o Projeto Paranapanema. São Paulo: Tese (Doutorado) - FFLCH/USP, São Paulo, 1995.

CABRAL, Mariana Petry. De cacos, pedras moles e outras marcas: percursos de uma arqueologia não-qualificada. Amazônica: Revista de Antropologia (Online), v. 6, p. 314-331, 2014.

CICERO, Antonio. Guardar: poemas escolhidos. Ed. Record, 1996.

CHMYZ; Igor; OLIVEIRA, Acary de Passos; BREDA, Judite Ivanir; GARCIA, Marcolina Matins; MELO, Edna Luísa; COSTA, José Eduardo; MARIA, Pe. José Pereira de. Relatório do Curso de Aperfeiçoamento em Métodos e Técnicas Arqueológicas. Goiânia: Museu Antropológico, mimeografado, 1972.

CHMYZ; Igor; OLIVEIRA, Acary de Passos; BREDA, Judite Ivanir; GARCIA, Marcolina Matins; MELO, Edna Luísa; COSTA, José Eduardo; MARIA, Pe. José Pereira de. Curso de Aperfeiçoamento em Métodos e Técnicas Arqueológicas. Goiânia: Museu Antropológico, 1975.

FABIAN, Johannes. Colecionando pensamentos: sobre os atos de colecionar. Mana, Rio de Janeiro, v. 16, n. 1, p. 59-73, 2010.

FERREIRA, Lúcio Menezes. Essas coisas não lhes pertencem: relações entre legislação arqueológica, cultura material e comunidades. Revista de Arqueologia Pública, [S.I.], v. 7, p. 87-106, 2013.

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.

FUNARI, Pedro Paulo Abreu. Arqueologia brasileira: visão geral e reavaliação. Revista Brasileira de História, [S.I.], v. 1, p. 23-41, 1994.

GIRALDIN, Odair. Renascendo das cinzas. Um histórico da presença dos Cayapó-Panará em Goiás e no Triângulo Mineiro. Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 3, n. 1/2, p. 161-184, 2000.

GIRALDIN, Odair. Fazendo guerras, criando imagens, estabelecendo identidades. A ocupação do centro-oeste e os conflitos com os Cayapó no século XVIII. História Revista (UFG), Goiânia, v. 6, p. 55-74, 2001.

GOHN, Maria da Glória. Educação Não Formal, Aprendizagens e Saberes em Processos Participativos. Investigar em Educação, 2. Série, n. 1, p. 35-50, 2014.

HICKS, Dan. Four-field anthropology, charter myths and time warps from St. Louis to Oxford. Current Anthropology, v. 54, n. 6, p. 753-763, dez. 2013.

HODDER, Ian. Archaeological reflexivity and the "local" voice. Anthropological Quarterly, v. 76, n. 1, p. 55-69, 2003.

INGOLD, Timothy. The Perception of the environment: essays on livelihood, Dwelling and skill. London: Routledge, 2000.

JUNQUEIRA, Gabriela Gonçalves. O visível e o invisível nas relações de contato de grupos Jê meridionais: uma análise da caça, guerra e dos rituais funerários como relações de predação, produção e controle dos poderes latentes da alteridade. Uberlândia: Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, 2017.

LEITE, Pedro Pereira. A Miséria da Museologia: reflexões sobre a museologia social em Portugal. Informal Museology Studies, Issue 5, Lisboa: Marca d’ Água: Publicações e Projetos, 2014.

LIMA, Nei Clara de. Percursos da antropologia em Goiás. Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 17, n. 2, p. 225-231, jul./dez. 2014.

LOWIE, Robert Harry. The Southern Cayapó. In: STEWARD, J. H. (ed.). Handbook of South American Indians, v. 1. The marginal tribes, p.519-540, Smithsonian Institution, Bureau of American Ethnology, Bulletin 143. Washington: Government Publishing Office, 1946.

MARTINS, Dilamar Candida; TAVEIRA, Edna Luísa de Melo. Museu Antropológico: uma viagem pelo tempo e no realce da memória de seu percurso. Goiânia: Gráfica UFG, 2017.

MCGUIRE, Randall H. A Arqueologia como ação política: o projeto Guerra do Carvão do Colorado. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia. Suplemento, supl. 3, p. 387-397, 1999.

MEGGERS, Betty; EVANS, Clifford. A utilização de sequências cerâmicas seriadas para inferir comportamento social. Boletim do Instituto de Arqueologia Brasileira: Série Ensaios, Rio de Janeiro: IAB, n. 3, 1985.

MELLO, Paulo Jobin Campos; VIANA, Sibeli A. Breve histórico da arqueologia de Goiás. In: Moura (org.). Índios de Goiás: uma perspectiva histórico-cultural. Goiânia: Ed. Kelps, Vieira, 2006.

MELO, Edna Luísa; BREDA, Judite Ivanir. Carta arqueológica – divisão regional para cadastramento de sítios arqueológicos do estado de Goiás. Goiânia: Gráfica da UFG, 1972.

MENDONÇA DE SOUSA, Alfredo. História da arqueologia no Brasil. Pesquisa – Antropologia, n. 33. São Leopoldo: Instituto Anchietano de Pesquisas, 1991.

MELQUÍADES, Vinícius. Em território desconhecido: sobre o abandono de seres e coletivos. Revista de Arqueologia, v. 26-27, p. 216-235, 2014.

MORAES WICHERS, Camila Azevedo de. Dois enquadramentos, um mesmo problema: os desafios da relação entre museus, sociedade e patrimônio arqueológico. In: Revista de Arqueologia (Sociedade de Arqueologia Brasileira Impresso), v. 26-27, p. 16-39, 2014.

NEVES, Eduardo Góes. Existe algo que se possa chamar de “arqueologia brasileira”? Estudos Avançados (USP), v. 83, p. 7-17, 2015.

NOELLI, Francisco Silva; FERREIRA, Lúcio Menezes. A persistência da teoria da degeneração indígena e do colonialismo nos fundamentos da arqueologia brasileira. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 14, n. 4, p. 1239-1264, set./dez. 2007.

OLIVEIRA, Jorge Eremites de; VIANA, Sibeli Aparecida. O centro-oeste antes de Cabral. Revista USP, n. 44, p. 142-189, 1999.

PEREIRA NETO, Olímpio. Um lugar no mapa – ensaio Histórico. S.l.: s.n., 1970.

PEREIRA NETO, Olímpio. Orizona, campo e cidade. Brasília: Codeplan, 1991.

PEREIRA NETO, Olímpio. Orizona: campo e cidade. Edição revista e aumentada. Orizona: s.n., 2010.

PROUS, André. Arqueologia brasileira. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1992.

RÜSEN, Jörn. Como dar sentido ao passado: questões relevantes de metahistória. História da Historiografia, n. 02, p. 163-209, mar. 2009.

SCHMITZ, Pedro Ignacio; WÜST, Irmhild; COPÉ, Sílvia; THIES, Ursula. Arqueologia do Centro-Sul de Goiás. Uma fronteira de horticultores indígenas no Centro do Brasil. Pesquisa – Antropologia, n. 33. São Leopoldo: Instituto Anchietano de Pesquisas, 1982.

SHANKS, Michael. Symmetrical archaeology. World Archaeology, Debates in "World Archaeology", v. 39, n. 4, p. 589-596, 2007.

SHANKS, Michael; TILLEY, Christopher. Social theory and archaeology. Albuquerque: University of New Mexico Press, 1987.

SHANKS, Michael; TILLEY, Christopher. Re-Constructing archaeology, theory and practice. 2. ed. London: Routledge, 1992.

SILVA, Catarina Eleonora Ferreira da; LIMA, Francisca Helena Barbosa. A preservação dos registros documentais de Arqueologia. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Brasília, n. 33, p. 275-287, 2007.

SILVA, Fabíola Andréa. Arqueologia e etnoarqueologia na aldeia Lalima e na terra indígena Kayabi: reflexões sobre arqueologia comunitária e gestão do patrimônio arqueológico. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, n. 19, p. 205-219, 2009a.

SILVA, Fabíola Andréa. A etnoarqueologia na Amazônia: contribuições e perspectivas. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, Belém, v. 4, n. 1, p. 27-37, jan./abr. 2009b.

SIMÕES, Mário Ferreira. As pesquisas arqueológicas no Museu Paraense Emilio Goeldi (1870-1981). Acta Amazônica Suplemento, v. 11, n. 1, p. 149-165, 1981.

STEWARD, Julian Haynes (ed.). Handbook of South American Indians, v. 1: The marginal tribes. Smithsonian Institution, Bureau of American Ethnology, Bulletin 143. Washington: Government Publishing Office, 1946.

STEWARD, Julian Haynes (ed.). Handbook of South American Indians, v. 3: The Tropical Forest Tribes. Smithsonian Institution, Bureau of American Ethnology, Bulletin 143. Washington: Government Publishing Office, 1948.

VYGOTSKY, Lev S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

WÜST, I. Continuidade e mudança: para interpretação dos grupos pré-coloniais na bacia do rio Vermelho, Mato Grosso. São Paulo: Tese (Doutorado em Antropologia) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, 1990.