An Outline About Practices and Relationships Between Material Culture and Human Groups

Conteúdo do artigo principal

Maurício Hepp

Resumo

This article proposes an essay on the adoption of a theoretical perspective related to the practice and relationships established between human groups and their materiality, reflected in long-term historical processes susceptible to the dynamics of the populations' trajectories. From this premise, we seek to observe how apparently invisible elements of material culture may be related to the processes of identity and relationality with different ethnicities in contexts of domination and subordination such as the colonial period.

Um Esboço sobre Práticas e Relações entre Cultura Material e os Grupos Humanos

Este artigo propõe um ensaio sobre a adoção de uma perspectiva teórica relacionada às prática e às relações que se estabelecem entre os grupos humanos e a materialidade produzida pelos mesmos, refletidos em processos históricos de longo termo, suscetíveis aos dinamismos das trajetórias das populações. A partir dessa premissa, busca-se observar como elementos aparentemente invisíveis da cultura material podem estar relacionados aos processos de firmação identitária e de relacionalidade com diferentes etnias em contextos de dominação e subordinação como o período colonial.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
HEPP, M. An Outline About Practices and Relationships Between Material Culture and Human Groups. Revista Habitus - Revista do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia, Goiânia, Brasil, v. 15, n. 2, p. 193–206, 2017. DOI: 10.18224/hab.v15i2.6090. Disponível em: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/habitus/article/view/6090. Acesso em: 18 abr. 2024.
Seção
Dossiê / Dossier
Biografia do Autor

Maurício Hepp, PUC Goiás

Doutorando do Programa de Pós-gradução em Antropologia/Arqueologia da Universidade Federal de Minas Gerais.

Referências

BOURDIEU, Pierre. Outline of a theory of practice. Cambridge Studies in Social Anthropology, 16. Cambridge: Cambridge University Press, 1977.

BRAUDEL, Fernand. Escritos sobre a História. 2ª Edição. São Paulo: Perspectiva, 2005.

DEAGAN, Kathleen. Hybridity, identity, and archaeological practice. In.: CARD, J. J. (ed). The archaeology of hybrid material culture. Centre for archaeological investigations, Occasional Paperm n. 39. Southern Illinois University, 2013. p. 260-276.

DEBOER, Warren R.; LATHRAP, Donald. The making and breaking of Shipibo-Conibo ceramics. In: KRAMER, Carol (ed.). Ethnoarchaeology: implications of ethnography for archaeology. New York: Columbia University Press, 1979, p. 102-138.

DIAS, Adriana Schmidt. Novas perguntas para um velho problema: escolhas tecnológicas como índices para o estudo de fronteiras e identidades sociais no registro arqueológico. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, Belém, v. 2, n. 1, p. 59-76, jan-abr, 2007.

DOMANSKA, Ewa. The return to things. Archaeologia Polona, v. 44, p. 171-185, 2006.

FERREIRA, Fabrício Costa. “Desde que me entendi”. Tecendo saberes e fazeres relativos à louça da Comunidade Quilombola do Maruanum, Amapá/AP. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Universidade Federal do Pará, Belém, 2016.

GEERTZ, Clifford. A Interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

GUERRA, Thiago Peralta. O Sítio Moju 1: Aspectos da cerâmica neobrasileira no município de Moju, Pará. Monografia do Curso de Especialização em Arqueologia. Universidade Federal do Pará, Belém, 2008.

HECKENBERGER, Michael. Estrutura, história e transformação: A cultura Xinguana na longue durée, 1000-2000 d.C. In: HECKENBERGER, Michael; FRANCHETTO, Bruna. Os Povos do alto Xingu: história e cultura. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2001, p. 21-62.

HEGMON, Michelle. Setting theoretical egos aside: issues and theory in north american archaeology. American Antiquity, v. 68, n. 2, p. 213-243, 2003.

HODDER, Ian. Human-thing entanglement: towards an integrated archaeological perspective. Journal of the Royal Anthropological Institute (N.S.), v. 17, p. 154-177, 2011.

LATOUR, Bruno. Reagregando o Social: uma introdução à teoria do ator-rede. Salvador/Bauru: EDUFBA-EDUSC, 2005.

LEVI-STRAUSS, Claude. Antropologia estrutural Dois. 4ª edição. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1993.

LIMA, Tânia Andrade de. Cerâmica indígena brasileira. In: RIBEIRO, Berta G. (Coord.). Suma Etnológica Brasileira, v. 2: Tecnologia Indígena. 2ª Edição. Petrópolis: Vozes, 1987, p. 173-229.

LIMA, Tânia Andrade de. Teoria arqueológica em descompasso no Brasil: o caso da arqueologia darwiniana. Revista de Arqueologia, v. 19, p. 125-141, 2006.

MACHADO, Juliana Salles. O potencial interpretativo das análises tecnológicas: um exemplo amazônico. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, MAE/USP, n. 15-16, São Paulo, p. 87-111, 2005/2006.

NEVES, Eduardo G. O velho e o novo na arqueologia amazônica. Revista da USP, São Paulo, n. 44, p. 86-111, 1999/2000.

OLIVEIRA, Jorge E.; VIANA, Sibeli A. O Centro-Oeste antes de Cabral. Revista da USP, São Paulo, n. 44, p. 142-189, 1999/2000.

PAUKETAT, Timothy R. Practice and history in archaeology. Anthropological Theory, v. 1, n. 1, p. 73-98, 2001a.

PAUKETAT, Timothy R. (ed.). The Archaeology of traditions: agency and history before and after columbus. Gainesville: University Press of Florida, 2001b.

RITZER, George; GINDOFF, Pamela. Agency-structure, micro-macro, individualism-holism-relationism: a methatheoretical explanation of theoretical convergence between the United States and Europe. In: SZTOMPKA, Piotr (ed.). Agency and strucuture: reorienting social theory. Yverton (Switz): Gordon; Breach, 1994, p. 3-23.

ROBRAHN-GONZÁLEZ, Erika Marion. Os grupos ceramistas pré-coloniais do Centro-Oeste brasileiro. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, n.6, p. 83-121, 1996.

SCHMITZ, Pedro Ignácio. Arqueologia de Goiás em 1976: Projeto Paranaíba. Estudos Revista da Universidade Católica de Goiás, Goiânia, v. IV, n.5, p. 19-77, 1977.

SCHMITZ, Pedro Ignacio; WUST, Irmhild; COPÉ, Silvia M. Os Horticultores do centro-sul de Goiás. Arquivos do Museu de História Natural, Belo Horizonte, n.VI-VII, p. 221-234, 1985.

SCHMITZ, Pedro Ignácio; WÜST, Irmhild; COPÉ, Sílvia. M.; THIES, Ursula M. E. Arqueologia do centro-sul de Goiás: uma fronteira de horticultores indígenas no centro do Brasil. Pesquisas Antropologia, São Leopoldo: IAP, n. 33, 1982.

SILVA, Fabíola A. As tecnologias e seus significados. Canindé, n. 2, p. 119-138, 2002.

SILVANI, Juliana Morilhas. O Valor da cultura: um estudo de caso sobre a inserção da Louça do Maruanum/AP no mercado e sua relação com a preservação do patrimônio cultural. Dissertação (Mestrado Profissional do IPHAN). Instituto Histórico e Artístico Nacional, Rio de Janeiro, 2012.

SKIBO, James M.; SCHIFFER, Michael B.; e REID, Keneneth C. Organic-tempered pottery: an experimental study. American Antiquity, v. 54, n. 1, p. 122-146, jan., 1989.

SOUZA, Marcos André T. de; SYMANSKI, Luís Cláudio P. Slave communities and pottery variability in western Brazil: The plantations of Chapada dos Guimarães. Journal of Historical Archaeology, n. 13, p. 513-548, 2009.

STRATHERN, Marylin. O efeito etnográfico e outros ensaios. São Paulo: Cosac & Naify, 2014.

SYMANSKI, Luís Cláudio P. Slaves and planters in Western Brazil: Material culture, identity and power. Dissertation (Phd in Anthropolgy). University of Florida, Gainesville, 2006.

SYMANSKI, Luís Cláudio P. e GOMES, Denise M. C. Mundos mesclados, espaços segregados: cultura material, mestiçagem e segmentação no sítio Aldeia em Santarém (PA). Anais do Museu Paulista. São Paulo. v. 20, n. 2. p. 53-90. jul-dez 2012.

SYMANSKI, Luís Cláudio Pereira. Arqueologia: antropologia ou história? Origens e tendências de um debate epistemológico. Tessituras, Pelotas, v. 2, n. 1, p. 10-39, jan./jun. 2014.

VIANA, Sibeli A.; RIBEIRO, Cecília V.; OLIVEIRA, Sérgio D. Cauixi em cerâmica arqueológica: uma questão de escolhas culturais. Revista de Arqueologia, v. 24, n. 1, p. 32-51, 2011.

VIANA, Sintia de Assis. A cerâmica de Varginha (MT) – produção e tecno-morfologia. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, n. 13, p. 175-195, 2003.

WAGNER, Roy. Existem grupos sociais nas terras altas da Nova Guiné? Cadernos de Campo, n. 19, São Paulo, p. 237-257, 2010.

WOLF, Eric R. Culture: panacea or problem? American Antiquity, v. 49, n. 2, p. 393-400, apr., 1984.

WÜST, Irmhild. A cerâmica Carajá de Aruanã. Anuário de Divulgação Científica, Goiânia, ano 2, n.2, p. 90-165, 1975.

WÜST, Irmhild. Aspectos da ocupação pré-colonial em área do Mato Grosso de Goiás. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Ciências Sociais. Área de Antropologia Social, São Paulo, 1983.

WÜST, Irmhild. Continuidade e mudança: para uma interpretação dos grupos ceramistas pré-coloniais da Bacia do Rio Vermelho, Mato Grosso. Tese de Doutorado em Arqueologia. Universidade de São Paulo, São Paulo,1990.