NAS ILHAS DO RIO “OPARÁ” SE FEZ MISSÕES, OROCÓ - PE

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Jéssica Rafaella de Oliveira
Leandro Domingues Duran

Resumo

No início da “colonização” portuguesa, o vale do Rio ‘Opará’, posteriormente batizado por esses como ‘São Francisco’ era habitado por diversos povos indígenas, e é por meio de relatos dos viajantes e missioneiros que podemos obter as primeiras informações sobre seus assentamentos e modo de vida. O espaço indígena no médio São Francisco, quando da chegada do colonizador, era constituído por populações genericamente denominadas pelos cronistas de Tapuias e Cariris. As catequizações na região foram iniciados por volta do século XVII, as primeiras Missões datam de 1671. A Ilha de Santa Maria, palco de um grande aldeamento que prosperou durante os séculos XVII e XVIII, sendo que essa unidade insular ainda possui em ruinas parte de seu antigo parque arquitetônico, notadamente seu principal equipamento religioso. A presente pesquisa se volta aos estudos de contato e das Missões religiosas, buscando reconhecer o papel do indígena, dentro de um processo de ‘transculturação’ e como agentes ativos nas construções sociais.

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Como Citar
OLIVEIRA, J. R. de; DURAN, L. D. NAS ILHAS DO RIO “OPARÁ” SE FEZ MISSÕES, OROCÓ - PE. Revista Habitus - Revista do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia, Goiânia, Brasil, v. 18, n. 1, p. 235–253, 2020. DOI: 10.18224/hab.v18i1.7428. Disponível em: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/habitus/article/view/7428. Acesso em: 28 mar. 2024.
Seção
Artigos Livres / Open Acess Article
Biografia do Autor

Jéssica Rafaella de Oliveira, Universidade Federal de Sergipe

Graduada em Arqueologia e Preservação Patrimonial - Universidade Federal do Vale do São Francisco. Mestra em Arqueologia - Universidade Federal de Sergipe. Doutoranda em Arqueologia - Universidade Federal de Sergipe.

Leandro Domingues Duran, Universidade Federal de Sergipe

Doutor em Arqueologia pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. Professor do Departamento de Arqueologia (DARQ) e do Programa de Pós-graduação em Arqueologia (PROARQ) da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

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