A EUFORIA GLANDULAR NA METÁFORA POÉTICA DE YÊDA SCHMALTZ

Autores

  • Paulo Antônio Vieira Júnior Pontifícia Universidade de Goiás (PUC-GO) e Universidade Federal de Goiás (UFG).

DOI:

https://doi.org/10.18224/gua.v9i1.7747

Palavras-chave:

Yêda Schmaltz, Metáfora, Erótico, Pornografia.

Resumo

O presente estudo analisa a metáfora constituída no poema “Glândulas II”, de Yêda Schmaltz, composição inserida em Baco e Anas Brasileiras (1985). A leitura se desenvolve no sentido de apontar que a autora construiu uma complexa cadeia de significantes ao constituir um eixo sintagmático incompatível com o eixo paradigmático, isto é, há uma evidente dissonância entre as imagens sugeridas pelo poema e a terminologia empregada nele. Além disso, por meio da colagem de um poema de Federico García Lorca, o poema estudado encontra uma saída erótico-cômica para elaborar um discurso poético que subverte valores sociais e as estratégias da pornografia falocêntrica. Tais considerações encontram suporte teórico em Roland Barthes (2003), Georges Bataille (2014) e Nuno César Abreu (1996), dentre outros.

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Biografia do Autor

Paulo Antônio Vieira Júnior, Pontifícia Universidade de Goiás (PUC-GO) e Universidade Federal de Goiás (UFG).

Doutor em Estudos Literários pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atualmente é professor de Literatura da UFG e da PUC-GO.

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Publicado

05.05.2020

Como Citar

VIEIRA JÚNIOR, P. A. A EUFORIA GLANDULAR NA METÁFORA POÉTICA DE YÊDA SCHMALTZ. Revista Guará - Revista de Linguagem e Literatura, Goiânia, Brasil, v. 9, n. 1, p. 68–80, 2020. DOI: 10.18224/gua.v9i1.7747. Disponível em: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/guara/article/view/7747. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos