A PRENDER O DIZER: APRENDER A DIZER
DOI:
https://doi.org/10.18224/gua.v8i2.6465Palavras-chave:
Lembrar e Esquecer. Prender o Dizer. Soltar o Dizer. Remembering and Forgeting. Hold the Tell. Drop the Tell.Resumo
Este ensaio parte dos livros Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos, Estação Carandiru, de Dráuzio Varella e Diário de Fernando: nos cárceres da ditadura militar brasileira, de Frei Betto, obras as quais foram escritas a partir da rememoração de cada uma dessas vidas no cárcere, seja como médico ou como prisioneiro político. A partir dessa trinca de livros e autores que se debruçaram sobre suas múltiplas e multiformes experimentações do/ no/ com o cárcere, nos debruçamos sobre o que de lá é trazido para dentro dos corpos e para fora da prisão. E trazemos essas questões a fim de alcançar a própria forma como tais cerceamentos da liberdade influem no dizer. Para tanto, nosso percurso narrativo se dará a partir do lembrar e o esquecer, atos esses que compõem todo e qualquer ato de narrar, particularmente o empregado na construção das figuras que, de dentro de tais redomas eclodem e, para lá retornam através do discurso.Downloads
Referências
BENJAMIN, W. Rua de mão única : infância berlinense : 1900. Tradução e edição: João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.
BETTO, F. Diário de Fernando: nos cárceres da ditadura militar brasileira. Rio de Janeiro: Rocco, 2009.
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RAMOS, G. Memórias do cárcere. São Paulo: Editora 34, 2013.
SCHNEIDER, M. Ladrões de palavras: ensaio sobre o plágio, a psicanálise e o pensamento. Campinas: Unicamp, 1990.
VARELLA, D. Estação carandiru. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.