<b>Literature and Subjectivity in Education in the Age of “Non-Party School and Gag Law”</b>

Autores

  • Maria Eneida Matos da Rosa IFB - Instituto Federal de Brasíila
  • Ana Luíza de França Sá IFB- Campus Riacho Fundo

DOI:

https://doi.org/10.18224/gua.v7i1.5259

Palavras-chave:

Literature, Subjectivity, Punitive school, Non-party school, Literatura, Subjetividade, Escola punitiva, Escola sem partido

Resumo

This work has emerged from a project called “Teachers training: interface between literature and subjectivity”, which focuses on the learning processes which occurs during IFB’s (Brasília’s Federal Institute of Education, Science and Technology) initial teachers training on Language. The project presents a brief genealogy of Brazil’s education from the perspective of our own literary system, which still pictures a punitive school when includes mandatory readings, reaffirming the authoritarian teacher’s role through time, and class readings with the only purpose of decoding texts. It adopts González Rey’s Qualitative Epistemology and Hans Robert Jauss’s Reception Aesthetics as theoretical assumptions. However, these subjects become secondary as the article analyses the social, political and educational context in Brazil, in the midst of legislative propositions oriented towards a neutral, objective and crippled education. In such a scenario, one must ask: is it possible to discuss literature and its educational aspect as a methodology based on neutrality and not related to social and individual experiences?

Literatura e Subjetividade na Educação em Tempos de “Escola sem Partido e Lei da Mordaça”

O presente trabalho surgiu do projeto intitulado “Formação de professores: interface literatura e subjetividade na educação”, que tem como objetivo tratar da aprendizagem na formação inicial de professores do curso de Letras do IFB - Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília. O projeto propõe-se trazer uma breve genealogia da educação no Brasil, a partir do nosso sistema literário, que retrata ainda a imagem de uma escola punitiva, em questões como a conhecida seleção de leituras obrigatórias, na reafirmação ao longo do tempo da própria figura autoritária do professor, ou em práticas de leitura, na sala de aula que se pautam pela decodificação do texto. Tem como pressupostos teóricos a Epistemologia Qualitativa, de González Rey e a Estética da Recepção, de Hans Robert Jauss. Contudo, esses objetivos assumem nesse artigo, um tom secundário tendo em vista a conjuntura social, política e educativa atual a partir da análise crítica das propostas de emendas, medidas provisórias ou projetos de lei que se coadunam com uma visão pautada na neutralidade, objetividade e cerceamento da educação. Nesse sentido, há que se perguntar: qual é a função da literatura diante dos contextos que estudantes e professores vivenciam? É possível discutir literatura e sua função educativa à luz de perspectivas metodológicas que se embasam na neutralidade sem a implicância dos sujeitos e suas vivências sociais e individuais?

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria Eneida Matos da Rosa, IFB - Instituto Federal de Brasíila

Professora de língua portuguesa do IFB

Ana Luíza de França Sá, IFB- Campus Riacho Fundo

Professora de pedagogia do IFB

Referências

GOLDMANN, Lucien. Sociologia do romance. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 1990.

GONZÁLEZ REY, F. L. Pesquisa Qualitativa em Psicologia: Caminhos e desafios. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.

GONZALÉZ REY, F. L. Pesquisa qualitativa e subjetividade: Os processos de construção da informação. São Paulo: Editora Cengage Learning, 2005.

GONZÁLEZ REY, Fernando Luis. Ideias e Modelos Teóricos na Pesquisa Construtivo-Interpretativa In MARTíNEZ, Albertina Mitjáns; Neubern, Mauricio; Mori, Valéria Deusdará (orgs.). Subjetividade Contemporânea: discussões epistemológicas e metodológicas. Campinas: Alínea, 2014. Páginas 13-34.

JAUSS, Hans Robert. A literatura como provocação. História da literatura como provocação literária. Lisboa: Vega, s.d.

LAJOLO, Marisa & ZILBERMAN, Regina. A leitura rarefeita. Leitura e livro no Brasil. São Paulo: Ática, 2002.

NEPOMUCENO, E. et al. Brasil: Golpe de 2016. Madrid: Ambulantes, 2016

RAMOS, Graciliano. São Bernardo. Rio de Janeiro, São Paulo: Record, 1975.

SINGER, A. et al. Por que gritamos golpe? Para entender o impeachment e a crise política no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2016.

ZILBERMAN, Regina. (Org). A produção cultural para a criança. 4.ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1990.

ZILBERMAN, Regina. (Org).. Fim do livro, fim dos leitores? São Paulo: Editora Senac, 2000.

ZILBERMAN, Regina. (Org). Escola e leitura. Velha crise. Novas alternativas. São Paulo: Global, 2009.

Publicado

30.06.2017

Como Citar

MATOS DA ROSA, M. E.; DE FRANÇA SÁ, A. L. <b>Literature and Subjectivity in Education in the Age of “Non-Party School and Gag Law”</b>. Revista Guará - Revista de Linguagem e Literatura, Goiânia, Brasil, v. 7, n. 1, p. 11 págs., 2017. DOI: 10.18224/gua.v7i1.5259. Disponível em: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/guara/article/view/5259. Acesso em: 29 mar. 2024.