The Cartesian and Hegelian Paradigms as Epistemological Bases of Social Psychology
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Abstract: this paper aims to discuss the philosophical foundations of Psychology. Here, the cartesian and hegelian paradigms will be questioned. They, according to Farr (2013), are fundamental milestones in the constitution of Psychology as an area of knowledge. In this sense, it is initially proposed to present the Cartesian paradigm and its consequences in the social and human sciences, in general, and in Psychology, specifically. In a second moment, will be presented the philosophical paradigm inaugurated by Hegel as a more social and relational alternative to the cartesian model. Finally, a discussion will be made of how this hegelian paradigm - especially its historical dialectic and the indeterminate principle - is in line with the proposals of modern scientific theories, and can contribute to solve some theoretical problems that such areas have faced.
Os Paradigmas Cartesiano e Hegeliano como Bases Epistemológicas da Psicologia Social
Resumo: esse trabalho tem como objetivo realizar a discussão acerca dos fundamentos filosóficos da Psicologia. Aqui, serão interrogados os paradigmas cartesiano e hegeliano, que, segundo Farr (2013) são marcos fundamentais na constituição da disciplina enquanto área do saber. Nesse sentido, inicialmente se propõe realizar uma apresentação do paradigma cartesiano e suas consequências nas ciências sociais e humanas, em geral, e na Psicologia, especificamente.Nesse momento se argumentará como tal paradigma contribui para a individualização da Psicologia Social, mostrando quais as consequências teóricas e culturais disso. Num segundo momento será apresentado o paradigma filosófico inaugurado por Hegel como uma alternativa mais social e relacional ao modelo cartesiano. Por fim será feita uma discussão de como o paradigma hegeliano – especialmente sua dialética-histórica e o princípio indeterminado – está em consonância com as propostas de algumas teorias científicas modernas, e pode contribuir para solucionar alguns engodos teóricos que tais áreas tem enfrentado.
Downloads
Detalhes do artigo
Referências
BACHELARD, G. O novo espírito científico. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1968.
BERTALANFFY, L. General System Theory. 10. ed. New York: George Braziller, 1988.
CIAMPA, A. Identidade. In: In: LANE, S; CODO, W. (Orgs.) Psicologia Social: o homem em movimento. 13. ed. São Paulo: Brasiliense, 2011.
CODO W. O fazer e a consciência. In: LANE, S; CODO, W. (Orgs.) Psicologia Social: o homem em movimento. 13. ed. São Paulo: Brasiliense, 2011.
COSTA, D. O nascimento da intersubjetividade na Fenomenologia do Espírito. Revista Semestral do Sociedade Hegel Brasileira. N. 1. dez, 2004. Disponível em: <http://www.hegelbrasil.org/rev01f.htm> Acesso em: 21 dez 2015.
DESCARTES, R. Discurso sobre o método. In: Descartes. São Paulo: Nova Cultural, 1999a. (Os Pensadores)
DESCARTES, R. Meditações. In: Descartes. São Paulo: Nova Cultural, 1999b. (Os Pensadores)
DILTHEY, W. A construção do mundo histórico nas ciências humanas. São Paulo: Edunesp, 2006.
FARR, R. As raízes da psicologia social moderna. 11. ed. Petrópolis: Vozes, 2013.
GADAMER, H. Hegels Dialektik: Fünf Hermeneutische Studien. Tübingen: Mohr, 1971.
HEGEL, G. W. F. Fenomenologia do Espírito. Tradução de Paulo Meneses. 6. ed. Petrópolis: Vozes: Bragança Paulista, 2011.
HEGEL, G. W. F. Phänomenologie des Geistes. Hamburg: Felix Meiner, 1952.
HEGEL, G. W. F. Wissenschaft der Logik. Hamburg: Felix Meiner Verlag, 1990
HONNETH, A. Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2015.
LANE, S. A psicologia social e uma nova concepção de homem para a psicologia. In: LANE, S; CODO, W. (Orgs.) Psicologia Social: o homem em movimento. 13. ed. São Paulo: Brasiliense, 2011.
LIMA VAZ, H. Antropologia Filosófica 2. Ed. São Paulo: Loyola, 1992.
LIMA VAZ, H. Raízes da modernidade. São Paulo: Loyola, 2002.
LIMA VAZ, H. Senhor e Escravo: Uma parábola da filosofia ocidental. In: Síntese, n. 21, 1981, p.7-29
MACEDO, J. D. F; OLIVEIRA NETO, P. Desejo e Alteridade na secção ‘Consciência-de-si’ da Fenomenologia do Espírito de 1807 de Hegel. Fragmentos de Cultura, Goiânia, v. 26, p. 552-563, 2016. Disponível em: <http://seer.ucg.br/index.php/fragmentos/article/view/5066>
MARTIN-BARÓ, I. Sistema, grupo y poder: Psicologia Social desde centroamérica II. 5. ed. UCA Editores: San Salvador, 2008.
MATURANA, H; VARELLA, F. A árvore do conhecimento: as bases biológicas da compreensão humana. 9. ed. São Paulo: Palas Atena. 2011
MENESES, P. Para ler a Fenomenologia do Espírito. 3. ed. São Paulo: Editora Loyola, 1999.
MORIN, E. Em busca dos fundamentos perdidos: textos sobre o marxismo. Porto Alegre: Sulina, 2002.
MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. 5. ed. Porto Alegre: Sulina, 2005.
OLIVEIRA, M. Antropologia filosófica contemporânea:subjetividade e inversão teórica. 1.ed. São Paulo: Paulus, 2012.
OLIVEIRA NETO, P. Considerações filosóficas acerca da palavra fundamento. In: SCHULZ, A; ALVES, A; FURTADO, R. (Orgs.). O lugar do saber filosófico nas licenciaturas, Vieira: Goiânia, 2016.
REALE, G. O saber dos Antigos: terapia para os tempos atuais. São Paulo: Loyola, 1999.
SANTOS, J. Trabalho e Riqueza na Fenomenologia do Espírito de Hegel. São Paulo: Loyola, 1993.
SCHAEFFER, F. A morte da Razão. 2.ed. Viçosa: Ultimato, 2014.
SOUSA, M. O problema filosófico do “outro” segundo Lima Vaz. In: CHAGAS, E. F. et al (Orgs.). Comemoração aos 200 anos da “Fenomenologia do Espírito” de Hegel. Fortaleza: Editora UFC, 2007.
TAYLOR, C. A ética da autenticidade. São Paulo: É Realizações, 2011.
TAYLOR, C. Hegel e a sociedade moderna. São Paulo: Loyola. 2005.
TAYLOR, C. Sources of the self: The making of modern identity. 9. ed. Cambridge: Harvard University Press, 2000.
WU, R. Do desejo ao reconhecimento: a luta pela afirmação da autoconsciência. In: CHAGAS, E. F. et al (Orgs). Comemoração aos 200 anos da “Fenomenologia do Espírito” de Hegel. Fortaleza: Editora UFC, 2007.