AS TENTAÇÕES DE JESUS E A SIMBÓLICA DO MAL NA ECONOMIA DA PALESTINA DO SÉCULO I A.C.

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Rubens Alves Costa

Resumo

O Evangelho de Mateus 4,1-3.11 por meio de uma linguagem simbólica denuncia as relações de dominações ocorridas na Palestina do primeiro século a.C. Os agentes do mal denunciados pelo escritor são: o Império romano (agente externo) e os autóctones (agentes internos) que aderiam ao poder para dele tirar proveitos. Os principais atores da dominação interna eram a Dinastia herodiana, os sumo-sacerdotes e os coligados destes no Sinédrio. A carga tributária imposta por Roma, as desapropriações de terras e a concentração da riqueza nas mãos de poucos exauriam a economia regional. A população da base da pirâmide passava fome, sede, estava doente, não tinha teto e nem terras para produção dos víveres necessários às suas existências. Para reverter o status de mal-estar social em bem-estar social a comunidade mateana deveria praticar a solidariedade e a partilha procedentes da justiça do Reino de Deus.

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Como Citar
COSTA, R. A. AS TENTAÇÕES DE JESUS E A SIMBÓLICA DO MAL NA ECONOMIA DA PALESTINA DO SÉCULO I A.C. Revista Fragmentos de Cultura - Revista Interdisciplinar de Ciências Humanas, Goiânia, Brasil, v. 30, n. 3, p. 444–455, 2021. DOI: 10.18224/frag.v30i3.8136. Disponível em: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/fragmentos/article/view/8136. Acesso em: 28 mar. 2024.
Seção
Dossiê / Dossier
Biografia do Autor

Rubens Alves Costa, PUC Goiás.

Mestre e Doutorando em Ciências da Religião pela PUC Goiás. Pastor e professor de ensino bíblico na Igreja Presbiteriana União.

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