As várias faces da palavra roseana
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Resumo
O enigmático fenômeno da criação literária de João Guimarães Rosa surpreende e
fascina a críticos e leitores, a princípio pela vasta rede de recursos linguísticos que sua escrita
engendra, entretanto na medida que adentram o espaço poético roseano são arremessados
a uma dimensão de pura incerteza e magia, na qual o extraordinário lirismo do autor toma
a palavra e anuncia seu dito pleno, original e arrebatador. Ave, Palavra recria o mundo
por meio de uma poesia sóbria, todavia essencial, decantada de uma linguagem vigorosa e
enérgica que nunca se cansa de assombrar por sua natureza rebelde e obscura. Este trabalho
visa explorar o complexo sistema percorrido pela linguagem literária mencionada por Michel
Foucault, a qual comanda os fluxos poéticos de Rosa em Ave, Palavra, por meio da análise
de certos procedimentos de criação linguística e elaboração estilística presentes em toda sua
composição; destina-se também a investigar o lirismo que mana do verbo essencial nesse
espaço áspero e árido, o qual se dobra sobre si mesmo, ocultando as várias faces da palavra
complexa e a insólita intenção da escrita roseana de reverenciar a arte poética, visto que Ave,
Palavra comporta uma ação lírica articulada no espaço soberano da obra: aquele descrito por
Maurice Blanchot, em que transcende e converte toda a superficialidade do mundo exterior
em um dito incessante, inesgotável e avassalador.
Palavras-chave: Guimarães Rosa. Ave, Palavra. Linguagem poética. Michel Foucault.
fascina a críticos e leitores, a princípio pela vasta rede de recursos linguísticos que sua escrita
engendra, entretanto na medida que adentram o espaço poético roseano são arremessados
a uma dimensão de pura incerteza e magia, na qual o extraordinário lirismo do autor toma
a palavra e anuncia seu dito pleno, original e arrebatador. Ave, Palavra recria o mundo
por meio de uma poesia sóbria, todavia essencial, decantada de uma linguagem vigorosa e
enérgica que nunca se cansa de assombrar por sua natureza rebelde e obscura. Este trabalho
visa explorar o complexo sistema percorrido pela linguagem literária mencionada por Michel
Foucault, a qual comanda os fluxos poéticos de Rosa em Ave, Palavra, por meio da análise
de certos procedimentos de criação linguística e elaboração estilística presentes em toda sua
composição; destina-se também a investigar o lirismo que mana do verbo essencial nesse
espaço áspero e árido, o qual se dobra sobre si mesmo, ocultando as várias faces da palavra
complexa e a insólita intenção da escrita roseana de reverenciar a arte poética, visto que Ave,
Palavra comporta uma ação lírica articulada no espaço soberano da obra: aquele descrito por
Maurice Blanchot, em que transcende e converte toda a superficialidade do mundo exterior
em um dito incessante, inesgotável e avassalador.
Palavras-chave: Guimarães Rosa. Ave, Palavra. Linguagem poética. Michel Foucault.
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Como Citar
COSTA, E. L. As várias faces da palavra roseana. Revista Fragmentos de Cultura - Revista Interdisciplinar de Ciências Humanas, Goiânia, Brasil, v. 27, n. 2, p. 316, 2017. DOI: 10.18224/frag.v27i2.5810. Disponível em: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/fragmentos/article/view/5810. Acesso em: 29 mar. 2024.
Seção
Resumo de Dissertação / Abstract of Thesis
Submeto(emos) este texto original e inédito, de minha(nossa) autoria, à avaliação de Fragmentos de Cultura, e concordo(amos) em compartilhar esses direitos autorais a ele referentes com a Editora da PUC Goiás, sendo que seu “conteúdo, ou parte dele, pode ser copiado, distribuído, editado, remixado e utilizado para criar outros trabalhos, sempre dentro dos limites da legislação de direito de autor e de direitos conexos”, em qualquer meio de divulgação, impresso ou eletrônico, desde que se atribua créditos ao texto e à autoria, incluindo as referência à Fragmentos de Cultura. Declaro(amos) ainda que não existe conflito de interesse entre o tema abordado, o(s) autor(es) e empresas, instituições ou indivíduos.
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