Violencia domestica, marianismo y la rabia de la Virgen de Urkupià±a en Bolivia

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Susanna Derks

Resumo

A bibliografia acadêmica sobre a violência doméstica na América Latina faz frequentemente referência a duas noções predominantes da masculinidade e da feminilidade: o machismo e marianismo. Marcados por esse paradigma de gênero, se diz que as mulheres abraçam os valores da Virgem Maria como um modelo de papel caracterizado pela submissão. No entanto, estes estudos raramente investigam se essas mulheres realmente se referem a Maria como símbolo para suportar os sofrimentos relacionados ao gênero. A análise das experiências de violência doméstica contra mulheres Bolivianas é realizada a partir das falas dessas mulheres, com as interpretações que elas fazem da Virgem Maria, em particular da Virgem de Urkupià±a em Quillacollo. Percebe-se que, embora as história das mulheres Bolivianas estejam cheias de sofrimento, elas não aceitam meramente seu sofrimento em termos marianistas. Ao contrário, a raiva é explicitada como o conceito central em suas experiências da violência doméstica. As mulheres aproximam-se da Virgem de Urkupià±a para transferir sua raiva e para pedir sua intervenção. A Virgem de Urkupià±a não é valorizada somente por sua capacidade de suportar o sofrimento, também é percebida como uma poderosa e agressiva deusa da vingança.

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Como Citar
DERKS, S. Violencia domestica, marianismo y la rabia de la Virgen de Urkupià±a en Bolivia. Caminhos - Revista de Ciências da Religião, Goiânia, Brasil, v. 7, n. 2, p. 203–224, 2010. DOI: 10.18224/cam.v7i2.1217. Disponível em: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/caminhos/article/view/1217. Acesso em: 29 mar. 2024.
Seção
Artigos / Articles