A HISTÓRIA DA LITERATURA SEGUNDO WALTER BENJAMIN E O DIÁLOGO COM A HERMENÊUTICA BÍBLICA

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Nelson Maria Brechó da Silva

Resumo

O presente artigo pretende analisar, por um lado, o fragmento de 1922 de Benjamin acerca das Afinidades eletivas de Goethe. Por outro lado, examinar o texto de 1931 sobre a História da Literatura. Além disso, apontamos, inicialmente alguns versos de Charles Baudelaire, especialmente Le Spleen de Paris, I - L’Étranger, de 1869, no qual ele descreve a vida moderna. Há vários pontos de contato entre os autores: a descrição da modernidade e a união da Literatura com a História (Geschichte). Assim, seguimos um esquema triádico: primeiro, literatura atual – filologia / Benjamin – crítica x comentário; segundo, interpretação dos elementos – tarefa do crítico; terceiro, história das obras – preparação crítica. Nesse sentido, colocamos em diálogo o pensamento hermenêutico crítico de Benjamin com a hermenêutica bíblica, por meio de algumas passagens do Primeiro e Segundo Testamentos.

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Como Citar
DA SILVA, N. M. B. A HISTÓRIA DA LITERATURA SEGUNDO WALTER BENJAMIN E O DIÁLOGO COM A HERMENÊUTICA BÍBLICA. Caminhos - Revista de Ciências da Religião, Goiânia, Brasil, v. 18, n. 3, p. 639–654, 2020. DOI: 10.18224/cam.v18i3.8332. Disponível em: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/caminhos/article/view/8332. Acesso em: 29 mar. 2024.
Seção
Dossiê / Dossier
Biografia do Autor

Nelson Maria Brechó da Silva, Faculdade João Paulo II

Doutor em Filosofia (PUC-SP). Doutorando em Teologia (PUC-SP). Professor do Departamento de Teologia (Faculdade João Paulo II - Marília / SP)

Referências

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